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Irã acusa Argentina de ingerência por protesto contra ministro


TEERÃ - O governo iraniano classificou hoje de "ingerência" a posição da Argentina, que na última sexta-feira expressou sua "mais enérgica condenação" à nomeação de Ahmad Vahidi ao cargo de ministro da Defesa do Irã. As informações são da agência Ansa.


Vahidi é procurado pela Interpol e pela Justiça argentina sob acusação de ter participado do planejamento do atentado contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia). No dia 18 de julho de 1994, 85 pessoas morreram e 300 ficaram feridas quando um carro-bomba explodiu em frente à sede da entidade, situada em Once, bairro da região central da capital argentina.


"É uma ingerência nas relações internas do Irã", disse o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores iraniano, Hassan Qashqavi. Em nota, o ministério argentino afirmou que "a nomeação de Ahmad Vahidi ao cargo de ministro da Defesa do Irã constitui uma afronta à Justiça argentina e às vítimas do brutal atentando terrorista contra a Associação Mutual Israelita Argentina".


Qashqavi, em declarações à agência local Irna, negou o envolvimento de Vahidi em ataques terroristas e definiu a intervenção da diplomacia argentina como "uma manobra ilegal" contra o país.


O porta-voz considerou ainda que, "ao invés de se envolver em um jogo de acusações e propaganda", a Justiça argentina deve "identificar os verdadeiros responsáveis" pelo ataque, e ratificou que os magistrados argentinos "não têm provas para condenar autoridades diplomáticas ou militares" do Irã.


Vahidi foi indicado ao cargo na última semana pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad, que no dia 5 de agosto iniciou seu segundo mandato como presidente.


Além de Vahidi, a Justiça argentina quer processar o ex-presidente iraniano Ali Hashemi Rafsanjani, o ex-chanceler Ali Akbar Velayati, o ex-ministro da Segurança Ali Fallahijan, o ex-chefe da Guarda Revolucionária Moshen Rezai, o ex-conselheiro cultural da embaixada de Teerã em Buenos Aires, Moshen Rabbani, e o ex-secretário da representação diplomática, Ahmad Ashgari. O Irã, contudo, nega todas as acusações.

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