
O presidente libanês, Michel Suleiman, denunciou nesta terça-feira violações israelenses "diretas e indiretas" no território do Líbano e pediu a comunidade internacional que use sua influência para coloca um fim às ações.
"Israel continua invadindo o território libanês, seja de modo direto por via terrestre, marítima ou aérea, ou indireto, através das redes de espionagem no território", afirmou Suleiman, segundo um comunicado da Presidência.
Além disso, o presidente do Líbano qualificou como uma provocação a presença israelense nas fazendas de Shebaa, único território que Israel não abandonou quando se retirou do sul do país em maio de 2000, após 22 anos de ocupação, e nas colinas de Kfar Chuba.
Para Suleiman, Israel quer estabelecer uma nova realidade em Shebaa e Kfar Chuba, "o que deve empurrar a comunidade internacional para atuar e pôr um fim a essas ações".
Além disso, destacou que é muito importante que a cooperação entre o Exército libanês e a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul) seja mantida para "evitar qualquer problema".
Suleiman acrescentou que tanto a segurança dos membros da Finul, quanto a retirada israelense das fazendas de Shebaa, das colinas de Kfar Chuba e do norte da aldeia de Ghajar são garantidas pela resolução 1.701 da ONU (Organização das Nações Unidas), que pôs fim à guerra de 2006 entre Israel e o Hizbollah.
As palavras de Suleiman coincidem com o anúncio feito nesta terça-feira pelas autoridades libanesas da desarticulação de um suposto grupo terrorista, composto por dez pessoas, que pretendia realizar atentados contra a Finul e o Exército libanês.