
WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, indicou a líderes judeus norte-americanos que os EUA e Israel estão fazendo progressos em diminuir suas diferenças sobre a questão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada.
Obama e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, têm discordado publicamente sobre essa questão. Os Estados Unidos querem uma paralisação total das construções, demanda que abriu o mais sério racha nas relações EUA-Israel em uma década.
Israel cogitou a possibilidade de temporariamente reter o início de novos projetos de construção, enquanto muitos continuam em andamento, em resposta a alguns passos dados rumo a um acordo de paz regional, incluindo progresso na normalização das relações com alguns estados árabes.
O enviado dos EUA, George Mitchell, e o primeiro-ministro da defesa de Israel, Ehud Barak, têm conduzido uma série de conversas sobre o tema. Obama, o chefe de gabinete da Casa Branca, Rahm Emanuel, e o conselheiro político David Axelrod reuniram-se com 16 líderes judeus dos Estados Unidos para discutir o Oriente Médio e outras questões.
- Ele (Obama) disse que há mais progresso do que parece nas negociações e falou bem positivamente das conversas entre Mitchell e Barak e entre as duas administrações - disse um participante, Malcom Hoenlein, vice-presidente executivo da Conferência de Presidentes de Grandes Organizações Judaico-Americanas.
Um grande obstáculo tem sido a insistência de Israel em permitir um "crescimento natural" dos assentamentos existentes. Hoenlein disse que Obama indicou que "pode haver alguma abertura a um entendimento entre as duas partes".
- Eu não sei o que é o entendimento - disse Hoenlen.
Jeremy Ben-Ami, diretor-executivo do J Street, um grupo de lobby pró-Israel em Washington, disse que Obama destacou que uma nova expansão nos assentamentos não é interesse dos Estados Unidos nem de Israel.
- O presidente disse que as diferenças estão diminuindo e que ele fez referência a progressos e à sua esperança de que um acordo seria alcançado. Ele definitivamente fez alusão a isso - disse Ben-Ami.
Ele afirmou que membros do grupo conclamaram Obama a visitar Israel.
O rabino Steven Wernick, vice-presidente-executivo das Sinagogas Unidas do Judaísmo Conservador, disse que Obama destacou que ele também está pressionando os palestinos para adotar medidas necessárias à paz. Um porta-voz de Stephen Savitsky, presidente da União Ortodoxa, disse que houve preocupações com o que parecia ser uma pressão por parte do presidente apenas sobre Israel. O porta-voz disse que Obama indicou que pretende nas próximas semanas dar mais publicidade ao que ele está fazendo para pressionar os palestinos também.