SÃO PAULO - O delegado da Polícia Federal Daniel Lorenz confirmou que o libanês identificado como Senhor K., preso em abril por fazer proselitismo de ideias racistas contra judeus, era suspeito de ter ligação com a rede terrorista Al Qaeda. Lorenz participou, na quarta-feira, de uma audiência na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados.
Em maio, o jornal Folha de S.Paulo, por meio da coluna de Janio de Freitas, informou a prisão de K. e sua ligação com a rede terrorista. Para preservar o sigilo da operação, a Polícia Federal atribuiu a prisão a uma investigação sobre células nazistas, informou o jornal à época. A PF e o ministro da Justiça, Tarso Genro, negaram publicamente a relação do libanês com a Al-Qaeda.
O delegado Daniel Lorenz afirmou que a divulgação das informações pelo jornal frustrou a PF. - Não era o momento de trazer à baila a ligação dele com a Al Qaeda - disse, segundo a Folha.
De acordo com Lorenz, Senhor K. era dono de duas casas de internet em São Paulo. Segundo a PF, ele coordenava o "Jihad Media Battalion", organização virtual que é utilizada como uma espécie de relações públicas online da Al Qaeda. Ele teria tido sua prisão relaxada pois o crime cometido não está tipificado na legislação penal.
O libanês passou 21 dias preso e foi indiciado por crime de racismo. Ele deve prestar depoimento à Justiça nos próximos dias.
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Magal
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