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Israel rejeita pedido dos EUA para congelar assentamentos


Após pedido de Hillary Clinton, país diz que questão será discutida em diálogo de paz com palestinos


JERUSALÉM - Israel rejeitou os pedidos americanos para o congelamento dos assentamentos judaicos na Cisjordânia e vai permitir a continuidade de obras nesses locais, segundo afirmou nesta quinta-feira, 28, um porta-voz do governo israelense. Segundo o porta-voz Mark Regev, o futuro dos assentamentos judaicos na Cisjordânia deverá ser decidido somente quando forem feitas negociações de paz com os palestinos. "Enquanto isso não acontece, temos que permitir que a vida normal continue nessas comunidades", afirmou. As declarações israelenses são uma resposta ao pedido da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que disse na quarta-feira que não deve haver exceções sobre os pedidos do presidente Barack Obama para a interrupção da ampliação dos assentamentos. Em declarações após um encontro com o ministro das Relações Exteriores do Egito, Hillary Clinton disse que Obama foi "muito claro" durante seu recente encontro com o premiê israelense Binyamin Netanyahu ao dizer que Israel deve congelar todos os assentamentos. "Não alguns assentamentos, não postos avançados, não a exceções para o crescimento natural. Acreditamos que é do melhor interesse para os esforços de paz que nos comprometamos à interrupção da expansão dos assentamentos", afirmou a secretária de Estado. Esta foi a primeira vez em vários anos que autoridades americanas expressam um pedido tão firme para o congelamento dos assentamentos nos territórios palestinos. Os comentários de Hillary Clinton foram feitos poucas horas antes do encontro entre Obama e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, nesta quinta-feira na Casa Branca. Crescimento natural A rejeição ao congelamento dos assentamentos já havia sido expressa no domingo pelo próprio premiê israelense. Segundo Netanyahu, novos assentamentos estão proibidos, mas o governo deve permitir o crescimento natural das colônias já existentes.

"Não temos como dizer às pessoas que não tenham filhos ou que forcem os jovens a se mudar para longe de suas famílias", disse ele durante reunião de gabinete no domingo. Netanyahu prometeu, porém, desativar postos avançados na Cisjordânia - pequenas colônias, algumas com poucas pessoas - que o próprio governo israelense considera ilegal. "Cuidaremos deles, se possível por meio do diálogo", disse ele. "Não há dúvidas de que nos comprometemos a lidar com eles." A questão dos assentamentos judaicos na Cisjordânia é um dos maiores obstáculos que o presidente Barack Obama encontra para o reinício do processo de paz no Oriente Médio. A Autoridade Nacional Palestina diz que descarta a retomada do diálogo com Israel a menos que o país congele as atividades nos assentamentos e remova todos os bloqueios nas entradas à Cisjordânia. Cerca de 500 mil colonos judeus vivem em mais de cem assentamentos construídos por Israel desde a ocupação da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, em 1967. Os assentamentos são considerados ilegais pela comunidade internacional, mas Israel rejeita essa determinação.

De acordo com o plano de paz para a região apresentado pelos Estados Unidos em 2003, Israel é obrigado a interromper todas as atividades relacionadas aos assentamentos, incluindo o crescimento natural. O plano também exige que a Autoridade Nacional Palestina controle os militantes que promovem ataques contra israelenses.

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