Hot Widget

Type Here to Get Search Results !

Israel critica "manobra cínica" de juiz espanhol que julgará crimes em Gaza


Ministro da Defesa, Ehud Barak, pedirá explicações ao governo espanhol sobre caso


Israel classificou nesta segunda-feira de "manobra política cínica e infundada" a decisão do juiz espanhol Fernando Andreu de manter sua investigação contra funcionários de alto escalão israelenses por crimes contra a humanidade por um bombardeio à faixa de Gaza, em 2002. O ataque deixou 15 mortos, entre eles civis e crianças, e outros 150 feridos.
"A instrução é claramente uma manobra política cínica e infundada", afirmou Yigal Palmor, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelense. "Não há provas que sustentem essas alegações. O sistema judicial espanhol deveria suspender a causa", afirmou Palmor, acrescentando que a decisão foi "totalmente injustificada".
O ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, indicou que intercederia ante o governo espanhol. "Tenho a intenção de contatar os ministros espanhóis de Relações Exteriores e da Defesa, e, caso seja necessário, o presidente do Governo, para que a causa seja anulada", declarou.

O juiz espanhol Andreu decidiu nesta segunda-feira, contra a opinião da Procuradoria espanhola, prosseguir com a investigação de denúncias de crimes contra a humanidade contra Israel por um bombardeio em Gaza em 2002.
A Audiência Nacional, principal instância penal espanhola, pediu em 2 de abril passado o arquivamento provisório do caso, alegando que os fatos denunciados já haviam sido motivo de investigações em Israel.
O juiz Andreu decidiu não atender às instruções por considerar que a justiça israelense não investigou os fatos e que, neste caso, a justiça espanhola continuaria sendo competente. Desde 2005, a justiça espanhola reconhece para si uma competência universal para investigar crimes contra a humanidade, genocídios e torturas cometidas no mundo, mesmo que os criminosos ou vítimas não sejam espanhóis.
A investigação espanhola se baseia em uma acusação feita pelo Centro Palestino para os Direitos Humanos depois de um bombardeio que matou um dirigente do Hamas, Salah Chehadeh, e 14 civis palestinos, incluindo crianças, no dia 22 de julho de 2002.
Outros 150 palestinos ficaram feridos no ataque, que culminou com a a explosão de uma bomba de uma tonelada, lançada por um F-16 israelense em Gaza, sobre uma casa do bairro Al Daraj.
A causa tem como réus o ex-ministro israelense da Defesa Benjamin Ben Eliezer, o comandante das Forças Aéreas israelenses no momento do ataque, Dan Halutz, o general das Forças de Defesa israelenses, Doron Almog, o presidente do Conselho Nacional de Segurança de Israel, Giora Eiland, o secretário militar do ministro da Defesa, Michael Herzog, o chefe do Estado Maior, Moshe Yaalon, e o diretor do serviço geral de segurança de Israel, Abraham Dichter.
A abertura desta investigação havia provocado, no final de janeiro, o descontentamento de Israel e uma situação desconfortável para o governo espanhol, que pretende desempenhar um papel diplomático ativo em favor da paz no Oriente Médio.
Com France Presse

Postar um comentário

0 Comentários
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.

Top Post Ad

Below Post Ad

Ads Section