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EUA pressionam Israel a apoiar criação de Estado palestino


Vice de Obama pede o fim dos assentamentos israelenses em solo palestino e da
Agências internacionais


WASHINGTON - O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pressionou Israel nesta terça-feira, 5, a apoiar a criação de dois Estados para solucionar o conflito entre israelenses e palestinos. Durante discurso na reunião anual da Comitê Americano dos Assuntos Públicos de Israel (Aipac), o influente lobby israelense nos EUA, Biden pediu ainda que Israel interrompa a construção de assentamentos, remova os postos de controle nos assentamentos já existentes e permita que os palestinos tenham liberdade de movimento.


Biden também pediu aos Estados árabes que, partindo da iniciativa de paz lançada por eles em 2002, comecem a fazer "gestos significativos" para encerrar o isolamento de Israel. Além disso, o vice-presidente ressaltou que é necessário que os militantes palestinos na Faixa de Gaza libertem imediatamente e sem precondições o soldado israelense Gilad Shalit.



O novo governo de direita israelense, sob o comando do premiê Benjamin Netanyahu, tem evitado apoiar publicamente uma solução de dois Estados para o conflito, e essa omissão tem provocado tensão entre os EUA, a comunidade árabe e oficiais europeus envolvidos nas negociações. Na véspera,



Netanyahu disse estar preparado para iniciar imediatamente negociações de paz com os palestinos, mas não fez menção à criação de um Estado para eles."Estamos preparados para retomar as negociações de paz sem demora e sem quaisquer precondições. Quanto antes, melhor", disse Netanyahu por vídeo na conferência. Ele ainda descreveu uma abordagem "tripla", que incluiria discussões políticas, estímulos à economia palestina e o fortalecimento das forças palestinas de segurança.


Em discurso ao mesmo evento dos EUA, o presidente de Israel, Shimon Peres, disse que o novo governo direitista do país quer a paz com todos os árabes, mas também evitou citar explicitamente a criação de um Estado palestino. Peres, um político de grande prestígio, mas que ocupa um cargo protocolar, se reunirá na terça-feira na Casa Branca com o presidente Barack Obama.


O negociador palestino Saeb Erekat criticou o caráter "vago" do discurso e o fato de Netanyahu não se comprometer com a negociação das questões centrais, como o status de Jerusalém, o futuro dos refugiados e a própria criação do Estado palestino. "Ninguém tem tempo para relações públicas e para a linguagem vaga. Espero que não tenhamos de esperar anos para ter uma resposta 'sim' ou 'não' a essas questões simples, temos de saber agora", disse.


Os líderes palestinos rejeitam a ideia da "paz econômica" e dizem que o processo de paz só deve ser retomado depois que Netanyahu se comprometer com a independência palestina. A posição de Netanyahu pode criar conflitos com Obama, cujo representante especial para o Oriente Médio, George Mitchell, salienta o compromisso de Washington com a solução de "dois Estados". Netanyahu irá a Washington no dia 18, para uma reunião com Obama que poderá esclarecer as chances de retomada do processo de paz.

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