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Líder do Hamas faz discurso por apoio a legisladores britânicos


Em uma cena inédita no Parlamento britânico, os legisladores participarão de uma sessão de perguntas e respostas com Khaled Meshaal, líder do movimento islâmico radical Hamas exilado na Síria.
Meshaal participará da sessão via videoconferência em uma tentativa de persuadir o Reino Unido e o Ocidente a incluir o Hamas nas negociações de paz com os palestinos --feitas, em sua maioria, com a Autoridade Nacional Palestina, presidida por Mamhoud Abbas e que governa a Cisjordânia.

Meshaal responderá a questões dos legisladores dentro de uma sala de reunião do Parlamento. Os organizadores dizem que a sessão deve inspirar os Estados Unidos e governos europeus a rever a política em relação ao Hamas, considerado grupo terrorista.
O Hamas controla a faixa de Gaza desde 2007, após tomar o controle do rival Fatah, de Abbas, em um violento confronto. Entre dezembro e janeiro passados, o Hamas foi alvo de uma grande ofensiva israelense que matou cerca de 1.300 pessoas e tinha como objetivo declarado encerrar os ataques de foguetes palestinos.
Vários governos europeus, contudo, negaram interesse em contatar o Hamas para discutir a paz na região, ameaça pelo novo governo conservador de Israel que se nega a seguir acordo de dois Estados para dois povos, alcançado em novembro de 2007, em Anápolis, nos Estados Unidos.
O grupo de seis legisladores britânicos que se reuniram com Meshaal no mês passado, na síria, disseram que a abertura de um novo diálogo pode ser crucial para conquistar num acordo de paz efetivo entre israelenses e palestinos.
"Qualquer um que quiser genuinamente ver a paz no Oriente Médio deve ouvir o que ele tem a dizer e se engajar com ele. Ele é uma figura importante", disse Lynne Jones, legisladora do Partido Trabalhista e uma das que viajou à Síria.
Os legisladores ampliaram ainda a pressão sobre o primeiro-ministro Gordon Brown para que ofereça a abertura de diálogo ao Hamas, como fez com o grupo xiita libanês Hizbollah, no mês passado.
Londres cortou relações com o grupo libanês em 2005 e o inclui na lista de terroristas. Contudo, oficiais britânicos começaram a fazer reuniões de contato com legisladores do Hizbollah para encorajar o grupo a abandonar a violência.
"Hamas é uma organização terrorista, Eles atiram foguetes em civis inocentes, Eles colocam palestinos indefesos no caminho do sofrimento", disse o Ministério de Relações Exteriores britânico, em comunicado.
"Nós acreditamos que falar diretamente com o Hamas agora simplesmente destruiria os esforços de palestinos que estão comprometidos com a paz", completou, em sinal e que a abertura não será tão simples.
Já o Ministério de Relações Exteriores da Alemanha afirmou que não haverá mudanças em sua política com mo Hamas até que o grupo palestino atenda as exigências do Quarteto das Negociações de Paz do Oriente Médio --ONU (Organização das Nações Unidas), EUA, União Europeia e Rússia-- para renunciar a violência e reconhecer a existência de Israel.
Em Israel, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Yigal Palmor, criticou a sessão. "É tristemente irônico que um homem que nunca pode receber o visto britânico porque é considerado terrorista tenha o privilégio de falar ao Parlamento britânico, graças a novas tecnologias", disse.
Com Associated Press

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