
Exibição para sobreviventes do Holocausto revoltou autoridades de Jenin, que extinguiram o grupo
Autoridades palestinas desmontaram uma orquestra de jovens de um campo de refugiados na Cisjordânia, depois de eles terem se apresentado para um grupo de sobreviventes do Holocausto, em Israel.
Adnan Hindi, líder de uma espécie de administração municipal - o "comitê popular" - do campo de Jenin, classificou o Holocausto como "tema político" e acusou a regente, Wafa Younis, de arrastar as crianças desavisadas para uma disputa política.
Ele acrescentou que Wafa foi impedida de entrar no campo e o apartamento onde ela ensinava música aos 13 membros da orquestra, a Cordas da Liberdade, foi isolado.
"Ela explorou as crianças", disse Hindi. "Ela será proibida de participar de quaisquer atividades. Precisamos proteger nossas crianças e nossa comunidade."
A medida destaca a sensibilidade de muitos palestinos em relação ao reconhecimento do genocídio de judeus na 2ª Guerra, temendo que isso enfraqueça a oposição a Israel.
"O Holocausto aconteceu, mas nós estamos enfrentando um massacre parecido nas mãos dos próprios judeus", disse Hindi. "Perdemos nossa terra, fomos obrigados a fugir, e passamos os últimos 50 anos em campos de refugiados." Hindi exigiu que palestinos, em primeiro lugar, reconhecessem as suas próprias desgraças.
Wafa foi encontrada no domingo para comentar o caso. Mas, conforme a controvérsia aumentava durante o fim de semana, ela declarou no sábado que sua intenção era apenas fazer música. "Não fizemos nada de errado", disse ela.
Na apresentação, a maioria dos sobreviventes do Holocausto não sabia que os jovens eram palestinos da Cisjordânia, algo difícil de ver em hoje Israel. E os jovens não faziam ideia de que se apresentavam para sobreviventes do nazismo - e nem mesmo do que seria o Holocausto.
EXPLOSIVOS
O chefe do Shin Bet, agência de segurança interna israelense, Yuval Diskin, afirmou ontem que pelo menos 70 toneladas de materiais para manufaturar explosivos já entraram na Faixa de Gaza desde janeiro, quando Israel lançou uma ofensiva de três semanas ao território.
Se fosse uma orquestra Israelense que tivesse sofrido sanções do Governo Israelense por ter se apresentado para moradores da Judéia e Samaria, haveria reprovação mundial e moção de repúdio da ONU e o caso seria manchete de primeira página. Mas este caso vai ficar relegado a notas menores e não haverá consequência.
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