
Cerimônia acontecerá às 11 horas (em Brasília) e dará espaço à entrada do maior Executivo da história do país.
JERUSALÉM - O novo governo de Israel, chefiado pelo líder do direitista Likud, Benjamin Netanyahu, assumirá o comando nesta terça-feira, 31, em cerimônia no Parlamento e será composto por 30 ministros e seis vice-ministros.
A cerimônia acontecerá às 17 horas (11 horas, Brasília) e dará espaço à entrada do maior Executivo da história do país.
Netanyahu se viu obrigado a fazer malabarismos nas últimas semanas para dar espaço no novo governo aos membros mais destacados de seu partido, após ter feito generosas concessões aos principais grupos que apoiam sua coalizão: a extrema direita do Yisrael Beiteinu e o Partido Trabalhista.
O líder trabalhista, Ehud Barak, conservará seu posto como ministro da Defesa, enquanto Avigdor Lieberman, que preside o Yisrael Beiteinu, será o novo chanceler.
No novo Executivo estarão, além do chefe de governo, 15 ministros do Likud, cinco do Yisrael Beiteinu, outros cinco do Partido Trabalhista, três do ultra-ortodoxo sefardita Shas e um de uma legenda religiosa.
O líder do Likud tinha anunciado que ficaria com a pasta de Finanças, mas acabou oferecendo esse Ministério ao parlamentar do Likud Yuval Steinitz.
Apenas duas mulheres farão parte do novo governo: Limor Livnat, do Likud, que será ministra de Cultura e Esportes, e Sofa Landver, trabalhista que estará no cargo de ministra da Imigração.
Netanyahu se viu obrigado a fazer malabarismos nas últimas semanas para dar espaço no novo governo aos membros mais destacados de seu partido, após ter feito generosas concessões aos principais grupos que apoiam sua coalizão: a extrema direita do Yisrael Beiteinu e o Partido Trabalhista.
O líder trabalhista, Ehud Barak, conservará seu posto como ministro da Defesa, enquanto Avigdor Lieberman, que preside o Yisrael Beiteinu, será o novo chanceler.
No novo Executivo estarão, além do chefe de governo, 15 ministros do Likud, cinco do Yisrael Beiteinu, outros cinco do Partido Trabalhista, três do ultra-ortodoxo sefardita Shas e um de uma legenda religiosa.
O líder do Likud tinha anunciado que ficaria com a pasta de Finanças, mas acabou oferecendo esse Ministério ao parlamentar do Likud Yuval Steinitz.
Apenas duas mulheres farão parte do novo governo: Limor Livnat, do Likud, que será ministra de Cultura e Esportes, e Sofa Landver, trabalhista que estará no cargo de ministra da Imigração.
Netanyahu reafirma que buscará paz com vizinhos de Israel
Presidente elogia propostas para negociação com palestinos; gabinete pode ser apresentado nesta terça
O primeiro-ministro designado e líder do partido de direita Likud, Benjamin Netanyahu, reafirmou nesta segunda-feira, 30, que seu governo tentará conseguir a paz com "todos os vizinhos" árabes, mas novamente evitou falar na criação de um Estado palestino. "O Governo que vou construir fará tudo o que for necessário para conseguir uma paz justa e duradoura com todos nossos vizinhos e o resto do mundo árabe", afirmou Netanyahu, que nesta terça deve apresentar seu novo gabinete ao Knesset (Parlamento israelense).
Em um comparecimento por ocasião de uma sessão extraordinária pelo 30º aniversário do tratado de paz entre Israel e Egito, Netanyahu disse que "cada um de nossos vizinhos que estiver disposto a ir pelo caminho da paz encontrará nossa mão estendida". No entanto, novamente se absteve de revelar se sua intenção é trabalhar sobre a fórmula de "dois Estados - um judeu e outro palestino - para dois povos", base do processo de negociação de Annapolis que começou no final de 2007.
Durante a campanha eleitoral, Netanyahu defendeu a "fórmula econômica" como solução ao conflito palestino-israelense, rejeitada pela Autoridade Nacional Palestina (ANP), a comunidade internacional e ainda primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert. Nas últimas semanas, o líder do Likud mencionou várias vezes que "negociará" com a ANP, mas sem fazer referência ao processo de Annapolis.
O presidente de Israel, Shimon Peres, elogiou o futuro premiê por propor negociações com os palestinos, embora sem prometer explicitamente a criação de um Estado para eles, como querem os EUA. Na véspera da posse do direitista Netanyahu, Peres, um dos mentores dos primeiros acordos israelo-palestinos da década de 1990, falou durante uma visita a Praga sobre o compromisso declarado pelo novo governo no sentido de negociar a paz.
Em Jerusalém, Netanyahu entregou ministérios a membros do seu partido, o Likud, concluindo os últimos retoques num governo que será dominado por facções direitistas e judaicas ortodoxas, mas que também incluirá o Partido Trabalhista (centro-esquerda). "Eles dizem que devemos continuar as negociações com os palestinos (...), negociar com cada um dos nossos vizinhos", disse Peres, ex- dirigente trabalhista, que na qualidade de presidente foi o responsável por convidar Netanyahu para tentar formar uma coalizão depois da inconclusiva eleição parlamentar de 10 de fevereiro.
Peres lembrou que as diretrizes do novo gabinete incluem uma promessa de respeitar todos os acordos internacionais firmados por Israel - uma fórmula que inclui tratados que preveem a futura criação de um Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. "Dizem que vão respeitar o compromisso do governo anterior, então acho que é um começo muito razoável e promissor", disse Peres, ganhador do Nobel da Paz, a jornalistas.
Houve preocupação no exterior com a indicação por Netanyahu do político ultranacionalista Avigdor Lieberman como chanceler. Lieberman é partidário da cessão de partes de Israel onde vivem muitos dos 1,5 milhão de cidadãos árabes do Estado judeu, em troca de assentamentos judaicos dentro da Cisjordânia.