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Resolvendo a Crise da Aliá


Por: Michael Freund - Tradução: David Salgado
 
No domingo passado, os israelenses voltaram a receber más notícias.
Em uma declaração para a imprensa, o Banco Central de Israel projetou que a produção geral cairá este ano, pela primeira vez, desde 2002, anunciando uma recessão, em contrapartida ao crescimento médio anual dos últimos cinco anos que foi de 5%.
Em conseqüência disso, o assunto, economia, tornou-se uma grande preocupação nacional juntamente com Gaza, a falta de água e a crescente ameaça nuclear do Iran.
De fato, com tantas crises despertando nossa atenção, não é surpreendente que outra, não menos importante e urgente, tenha surgido porém não despertado a atenção que mereça.
Nos referimos a notícia de que a imigração judaica para Israel continua declinando, tema de segurança nacional não menos importante que limites, fronteiras, terrorismo e defesa.
Aliá, por suposto, é o centro da iniciativa sionista, assim como um fator de crescimento econômico e desenvolvimento.
Tudo isso consta no Resumo Anual do Ministério de Absorção, publicado há um mês, no qual a palavra "aliá" só vem aparecer no parágrafo n.12. Em contrapartida, a maior parte do relatório se concentra na quantidade do aumento de israelenses que residem no exterior e decidiram retornar.
Porém, pôr o tema no fim do relatório para a imprensa, não o fará desaparecer. De fato, o tocante a aliá, encontra-se em sérios problemas, e devem ser tomadas medidas urgentes para rever esta situação.
De acordo com a Agência Judaica, o número de judeus que resolveram se mudar para Israel caiu de forma drástica de 76.766 em 1999 a apenas 16.500 em 2008. Estes números, representam uma queda de quase 80% em nove anos, e não existem muitas razões para acreditar que as coisas mudarão em breve.
Apesar de ter ocorrido um aumento na aliá a partir dos Estados Unidos, África do Sul e Oceania em 2008, a tendência geral foi funesta.
A aliá da Europa Ocidental diminuiu em 24%, da Europa Oriental, queda de 15% e da América do Sul cerca de 34% a menos. A estes dados temos que somar a queda de 14% na imigração desde a ex União Soviética;
Fica claro que se fosse uma ação na Wall Streat, estaríamos necessitando desesperadamente de um milagre para nos salvar.
Incrivelmente, embora a situação esteja piorando cada vez mais, os últimos governos israelenses não fazem praticamente nada para solucionar o problema.
Primeiramente, é essencial restaurar a aliá colocando-a em lugar adequado, como o centro da missão do governo e da sociedade israelita.
Isto pode ser alcançado começando com um par de atos simbólicos, como construir o Museu Nacional da Aliá em Jerusalém.
Tal instituição, estaria dedicada a contar a importante história da reunião dos exílios desde os quatro pontos cardeais do planeta e o retorno do povo judeu a sua terra ancestral.
A mesma, poderia servir como foco para educar a jovem geração acerca do que passou ao imigrante até sua chegada ao país, assim como ressaltar as importantes contribuições que os olim brindaram ao estado. E poderia inspirar os visitantes estrangeiros a tomar esta decisão eles próprios.
O governo deveria lançar o Dia Nacional da Aliá, realizando cerimônias, celebrações e incluir alguns discursos. Desta forma, aumentaria a apreciação da sociedade em relação àqueles que chegaram recentemente ao país.
É essencial despertar um contínuo diálogo nacional sobre a centralidade e o futuro da aliá, e ceder mais espaço a organizações privadas tais como Nefesh be Nefesh, Ami e Shavei Israel, a última presidida por mim, já que como em qualquer outro campo de empreendimento, o setor privado sempre é mais eficiente, efetivo e entusiasta que o público.
A longo prazo, a meta deveria ser renovar o sentimento nacional de obrigação e finalidade de trazer o povo de Israel a casa, a Sion, um tema que vem sendo deixado de lado nos últimos tempos.
A nível prático, existem passos imediatos que devem ser tomados também, os quais levariam ao aumento imediato do número de imigrantes. Centenas de milhares de "judeus perdidos" ao redor do mundo desejam retornar ao povo judeu e a Israel, entretanto o governo tem mostrado pouco interesse em trazê-los de volta.
Estamos falando dos 7000 Bnei Menashe do noroeste da Índia, descendentes de uma tribo perdida de Israel; os 15000 Subotniks judeus da Russia, cujos ancestrais foram convertidos ao judaísmo há dois séculos; e os 8000 Falash Mura que ainda ficaram na Etiopia e desejam vir.
Somando todos estes, o número total de pessoas que querem unir seu destino ao povo judeu, converter-se ao judaísmo e realizar aliá, é de 30000. Entretanto, citando preocupações socioeconômicas e perguntas sobre seu status, o governo tem deixado muita dúvida se vai permitir ou não que eles retornem ao país.
Porém, num  momento em que a aliá está caindo precipitadamente, o que pode ser mais apropriado, e mais sionista, do que abrir as portas e permitir-lhes retornar?
Isso, não apenas melhoraria nossos níveis demográficos, senão que também serviria como um ato estimulante de justiça histórica, permitindo, finalmente, que nossos irmãos desconectados possam regressar.
E é de Aliá, apesar de tudo, do que se deve tratar neste país.

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Magal
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