O presidente recém-emposssado dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu nesta quinta-feira a ofensiva israelense na faixa de Gaza e disse a sua administração estará comprometida em promover a paz para a criação de dois Estados, para israelenses e palestinos, no Oriente Médio.
"Nós entendemos que Israel tem o direito de se defender pois nesses últimos anos o [movimento islâmico] Hamas lançou diversos foguetes na região. Porém, os Estados Unidos estão comprometidos com a criação de dois Estados onde palestinos e israelenses poderão conviver juntos", afirmou Obama durante coletiva de imprensa onde apresentou o novo emissário para o Oriente Médio, o senador aposentado, George Mitchell, 75, que trabalhou pela paz na Irlanda do Norte.
O presidente condenou os ataques de foguetes do Hamas antes da ofensiva e disse que "irá trabalhar ao lado do governo egípcio para manutenção do cessar-fogo". Obama afirmou ainda que o terrorismo contra inocentes é intolerável e que trabalhará ao lado da comunidade internacional para o envio de ajuda humanitária em Gaza.
"Nossos corações estão com os palestinos civis que precisam imediatamente de comida, água e tratamento médico básico [...]. Nós temos agora que estender a mão para oportunidade de um cessar-fogo, com a abertura da faixa de Gaza, para que todos possam conviver em um regime sob a supervisão de autoridades internacionais e palestinas", disse Obama que afirmou ainda que irá ajudar financeiramente para a reconstrução da economia da região
O presidente disse que a paz na região só será possível com a construção dos dois Estados, onde palestinos e israelenses "poderão conviver lado-a-lado com paz e segurança". "Agora chegou a hora para os estados europeus para agirem e darem suporte ao presidente [ da Autoridade Nacional Palestina] Mahmoud Abbas e [primeiro-ministro Salam] Fayad para conseguirem normalizar as relações com Israel para chegarem a um acordo de trégua", disse Obama.
O presidente sinalizou ainda que os Estados Unidos irão trabalhar para a abertura da fronteira em Gaza para o envio de ajuda humanitária aos feridos no confronto de 22 dias na região que deixou ao menos 1.300 mortos.
Obama prometeu combater o terrorismo na região e acrescentou que irá trabalhar fortemente a diplomacia na região para conseguir um cessar-fogo permanente e a paz.
Afeganistão
O presidente definiu a situação no Afeganistão e no Paquistão como sendo o grande foco do país contra o terrorismo e o extremismo. Obama prometeu uma estratégia completa para combater os insurgentes no Afeganistão, os quais possuem "raízes profundas".
Segundo o democrata, o governo afegão se mostrou incapaz de oferecer serviços de segurança aos cidadãos do país e que os EUA irão redobrar a atenção para a política do país.
Durante a campanha eleitoral, Obama prometeu o envio de 30 mil soldados à região para conter a organização terrorista Al Qaeda e ao menos tempo retirar as forças de combate do Iraque. No discurso, o presidente alertou que embora o país não tenha sido alvo de ataques desde 11 de setembro de 2001, o grupo ainda prepara ataques contra os EUA.
Obama escolheu Richard Holbrooke, antigo mediador americano no Pacto de Dayton --que em 1995 colocou fim à guerra na Bósnia--, como enviado especial para o Paquistão e Afeganistão.
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Magal
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