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IDF e Hamas travam combates de rua



CIDADE DE GAZA - Soldados israelenses e militantes do Hamas se enfrentaram nas ruas da Cidade de Gaza nesta segunda-feira, 5, no primeiro combate direto dentro da capital palestina desde que a ofensiva militar de Israel começou, há dez dias. Segundo o jornal The Guardian, pelo menos dez crianças morreram nos confrontos enquanto as forças israelenses buscavam membros do grupo palestino em uma operação casa a casa. Cinquenta palestinos foram mortos nesta terça-feira na Faixa de Gaza, informou o chefe dos serviços de emergências do território palestino, Muawiya Hassanein. Segundo ele, desde que expirou a trégua entre Israel e o Hamas, em 27 de dezembro, foram mortos 555 palestinos na região, dos quais pelo menos 200 eram civis.
De acordo com o Guardian, forças israelenses tomaram o controle de grandes áreas do território de Gaza, dividindo-o em três partes e forçando dezenas de milhares de palestinos a deixarem suas casas com bombardeios pesados.
O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse que a ofensiva continuaria até Israel alcançar seu objetivo de "paz e tranquilidade" para os moradores do sul de Israel, que são atacados por foguetes e morteiros lançados pelos militantes palestinos. Os ataques de morteiros lançados desde o fim da trégua já mataram quatro israelenses, e outro soldado de Israel morreu no domingo na invasão terrestre a Gaza.
Muitos diplomatas e líderes mundiais seguiram para a região, a fim de trabalhar pelo fim da violência, em encontros com líderes israelenses. Aumenta o descontentamento internacional, no momento em que surgem cada vez mais vítimas palestinas. Funcionários do setor de saúde de Gaza indicam que 2,7 mil pessoas ficaram feridas desde o início da ofensiva israelense.
"O Exército (de Israel) está lá, atirando em todas as direções", afirmou Mohammed Salmai, um motorista de caminhão de 29 anos, ao falar sobre as proximidades de Cidade de Gaza. O número de civis aumentou muito desde que Israel lançou também uma ofensiva por terra, após realizar ataques aéreos por uma semana.

As ruas da cidade de Gaza, onde vivem 400 mil pessoas, estavam quase vazias nesta segunda-feira. Duas crianças caminhavam por uma rua olhando para o alto, aparentemente com medo dos ataques aéreos. Havia apenas carros do corpo de bombeiros, ambulâncias e veículos da imprensa pela cidade.

Sem observadores internacionais

Ainda nesta segunda-feira, Israel rejeitou propostas da Europa relativas à presença de observadores internacionais na Faixa de Gaza após um eventual cessar-fogo. Em vez disso, o Estado judeu defendeu a existência de equipes responsáveis por ajudar a buscar e fechar túneis que possam levar o Hamas a se rearmar. A ministra israelense das Relações Exteriores, Tzipi Livni, uma das principais candidatas a primeiro-ministro nas eleições de 10 de fevereiro, disse não ver razão para uma força de observação e monitoramento, uma das várias propostas feitas por potências européias na tentativa de conseguir uma trégua para o conflito em Gaza, que já dura dez dias.
Não vejo como isso possa ajudar", disse Livni a jornalistas durante entrevista coletiva, em meio a visitas de lideranças européias. Em vez dessa proposta, segundo autoridades israelenses envolvidas nas conversas, Israel quer que qualquer missão internacional na região da fronteira entre Gaza e Egito se concentre em evitar que o Hamas restabeleça uma rede de túneis subterrâneos que pode ser usada para o contrabando de foguetes e outras armas.

Livni disse ainda que Israel está "exercendo seu direito legítimo de se defender" com a operação militar na Faixa de Gaza. Em entrevista coletiva em Jerusalém, a também candidata presidencial disse que o país tenta "mudar a equação". "O Hamas atinge Israel e Israel mostra comedimento - essa não será mais a equação", afirmou a ministra. "Enquanto o Hamas controla Gaza, não aceita os pedidos da comunidade internacional - e parte disso é a visão de dois Estados - isso é um obstáculo."
A ministra também apontou que existem aqueles que "não podem aceitar a idéia de viver em paz" no Oriente Médio. "O Hamas faz escolhas: ele trabalha com o Irã, obtém armas do Irã, tem seus quartéis-generais em Damasco e trabalha com o Hezbollah", disse, referindo-se ao grupo militante xiita libanês. Livni disse ainda que Israel trabalha com agências internacionais de auxílio para diminuir a crescente crise humanitária em Gaza. Segundo ela, os militares israelenses tentam evitar mortes de civis, porém o Hamas "se esconde entre (os civis)".
Exigências
Israel tem três exigências principais para encerrar a operação: o fim dos ataques com foguetes lançados pelos militantes palestinos, a supervisão internacional de qualquer cessar-fogo e o fim do rearmamento do Hamas. "Se nos retirarmos hoje, sem alcançar algum tipo de acordo abrangente, não teremos feito nada", afirmou o ministro de Infraestrutura, Binyamin Ben-Eliezer, à rádio do Exército.

Já o Hamas exige o fim dos ataques de Israel e a abertura das passagens entre Gaza e Israel, vitais para os palestinos da região. Na empobrecida Faixa de Gaza vivem 1,4 milhão de pessoas. Os militares israelenses informaram nesta segunda-feira que seria liberada a entrada de 80 caminhões com ajuda humanitária e de combustível.

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