
Lula disse que o Brasil tem condições de participar de negociações para a paz no Oriente Médio
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lembrou, no início da noite desta terça-feira, em discurso em uma sinagoga de São Paulo, o conflito entre israelenses em palestinos na Faixa de Gaza. Segundo o presidente, o País não aceita a escalada de violência como solução de diferenças entre os povos e lamentou a morte de civis, mulheres e crianças.
O presidente disse, ainda, que o reconhecimento de um Estado Palestino e da existência tranqüila do Estado de Israel, são condições para uma paz consistente na região. Ele defendeu a participação do Brasil no processo de paz e destacou a convivência pacífica entre árabes e judeus (religiosos ou não) que vivem no País.
"O Brasil tem condições e credenciais para participar, junto com outros países, de iniciativas que conduzam a um consenso para superar a violência e a irracionalidade", disse Lula.
O discurso foi proferido na sinagoga Beit Yaakov, no bairro de Higienópolis, região central de São Paulo, por ocasião do dia internacional em memória às vítimas do holocausto. É a quarta vez que o presidente participa de cerimônias nesta data.
Estiveram presentes o governador do Estado, José Serra, o governador da Bahia, Jaques Wagner, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o embaixador de Israel no Brasil e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
Em seu discurso, o Serra classificou o holocausto como "uma manifestação do mal absoluto" e Kassab descreveu o fato como "o pior momento da humanidade".
Segundo a comunidade judaica, em 27 de janeiro de 1942, teve início o massacre sistemático de judeus no campo de Auschwitz, na Polônia.