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Ataque a escola da ONU na Faixa de Gaza foi resposta a fogo inimigo, diz Israel



Ação do Exército de Israel matou mais de 40 pessoas no campo de Jabalia.Confrontos no território palestino mataram 635 e feriram 2.900 em 11 dias.


Um porta-voz militar de Israel disse nesta terça-feira (6) que o ataque do Exército israelense a uma escola da ONU que matou 40 pessoas em Jabalia, na Faixa de Gaza, foi uma resposta a fogo inimigo vindo de dentro do prédio.

Segundo o porta-voz, dados preliminares mostram que tiros de morteiro foram disparados contra tropas israelenses.

Duas escolas da ONU foram atingidas nesta terça na Faixa de Gaza por ataques israelenses, segundo testemunhas e fontes médicas palestinas, deixando mais de 40 mortos e dezenas de feridos.

No campo de refugiados de Jabalia, no norte do território palestino, pelo menos 40 pessoas morreram e "dúzias ficaram feridas" depois de um bombardeio próximo ao prédio. Entre as vítimas, estão pessoas que tentavam se abrigar de ataques e moradores locais. As Nações Unidas confirmaram pelo menos 30 mortes.

Mais cedo, um ataque aéreo israelense havia matado três palestinos em outra escola administrada pelas Nações Unidas no campo de refugiados de Chati.

Os prédios estão sendo usados como abrigos de moradores que se escondem dos confrontos entre tropas de Israel e militantes do Hamas.


Combates em terra
A Faixa de Gaza era cenário nesta terça de confrontos intensos em terra entre soldados israelenses e combatentes palestinos do Hamas, além de continuar a ser alvo de violentos bombardeios por parte de Israel, que rejeitou os pedidos de cessar-fogo em uma ofensiva que até agora já matou mais de 635 palestinos e feriu mais de 2.900.

O Exército de Israel informou que matou ao menos 130 combatentes do Hamas desde o início da ofensiva terrestre, sábado à noite.
"Nossos soldados atuam perfeitamente, progridem segundo os planos", disse o general Gaby Ashkenazi, chefe do Estado-Maior israelense, ao anunciar a evolução da ofensiva iniciada em 27 de dezembro pelo Estado de Israel contra o movimento radical islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
Fumaça ergue-se da Cidade de Gaza nesta terça-feira (6), no décimo-primeiro dia de ataques de israel ao território palestino. (Foto: AFP)


A manhã desta terça-feira registrou combates e bombardeios em várias áreas da Faixa de Gaza, depois dos primeiros combates urbanos na cidade de Gaza, na noite de segunda-feira.

Pelo menos 12 membros de uma família, sete deles crianças, morreram em Gaza alvo de um bombardeio, segundo fontes médicas e testemunhas.
Em Khan Yunes, maior cidade do sul da Faixa de Gaza, um obus de artilharia atingiu a entrada de uma escola e matou Pouco antes do amanhecer, tanques israelenses, apoiados por helicópteros de combate, entraram em Khan Yunes pela primeira vez desde o início da ofensiva terrestre, afirmaram testemunhas à AFP.
Os avanço dos blindados neste reduto do Hamas foi alvo dos tiros de combatentes palestinos. No mesmo período, cinco militares israelenses faleceram e 79 ficaram feridos, segundo o balanço oficial de Israel. O último deles, um oficial para-quedista, morreu na noite de segunda-feira em circustâncias ainda não determinadas.
O oficial pode ter sido, inclusive, atingido por fogo amigo. Desde o início da ofensiva, quatro israelenses foram mortos atingidos por foguetes palestinos em cidades de Israel. O braço armado do Hamas, as brigadas Ezedin al-Qassam, anunciou na segunda-feira que matou 10 soldados israelenses e feriu outros 30, informação que Israel se negou a confirmar. Apesar da ofensiva, quatro foguetes palestinos foram disparados na manhã desta terça-feira contra o sul de Israel, segundo o Exército. Quatro civis israelenses morreram em consequências destes disparos desde 27 de dezembro. Segundo um relatório da inteligência militar israelense, "o Hamas tem foguetes suficientes e obuses de morteiro para continuar disparando durante semanas contra o território de Israel". Um foguete palestino caiu nesta terça-feira pela primeira vez a mais de 45 km da Faixa de Gaza, na cidade de Gedera, onde deixou um bebê levemente ferido. Testemunhas informaram durante a noite que aconteceram combates e intensos bombardeios em Shuyaiya e em Zeitun, dois bairros do leste da cidade de Gaza, cercada pelos tanques. A aviação israelense também bombardeou o centro da cidade. O Exército, que afirmou ter capturado dezenas de membros de Hamas, anunciou ainda ter bombardeado o campo de refugiados de Bureij e a cidade de Deir al-Balah, no centro do território, dividida em duas pelas tropas israelenses. A situação humanitária é cada vez pior para os 1,5 milhão de habitantes da Faixa, onde muitas áreas estão sem energia elétrica e sofrem com a falta de água corrente, alimentos e combustível. Segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, os feridos morrem à espera das ambulâncias que não podem se aproximar por causa dos combates. O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) pediu a abertura das fronteiras para permitir a fuga dos palestinos que desejarem sair.


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