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A TRÉGUA QUE NUNCA EXISTIU

A TRÉGUA QUE NUNCA EXISTIU


Dr. Eduardo Kohn
Diretor da B'nai B'rith Internacional para a América Latina
 
Quando a comunidade internacional e alguns de seus organismos com sérias dificuldades de visão começam a falar da "situação humanitária de Gaza", já sabemos a letra e a música da velha, desgastada e obsoleta canção.
 
A "situação humanitária de Gaza" há mais de três anos, desde que o Governo de Israel se retirou unilateralmente, deve-se a seus governantes, mais concretamente ao Hamas, que através de um cruento golpe de estado e matanças de compatriotas palestinos, dirige uma férrea ditadura, onde a lei penal é digna de quem a impõem: amputações de membros, flagelações, , forca.
 
O Hamas, em lugar de converter sua área de governo em um local habitável, transformou-a em uma base militar com grande apoio do exterior (fundamentalmente do Irã) a partir do qual bombardeia um dia sim e no outro também o seu vizinho Israel, em especial as suas crianças nos jardins de infância nas cidades fronteiriças; aos civis que caminham pelas ruas; aos que estão nos supermercados ou em suas casas em Sderet, Ashkelon, etc.
 
Há alguns meses, se fez um enorme barulho em termos internacionais, assinalando que haveria uma "trégua" entre o Hamas e Israel. Já então nos perguntamos como se pode falar de trégua entre uma organização que através do terrorismo persegue seu objetivo, que é exterminar seu vizinho, e um Estado de Direito. Mas, se mesmo assim os analistas que gostam de usar uma linguagem descuidada, querem falar de "trégua", também lhes falta não somente base idiomática, mas também a da realidade.
 
O Hamas nunca deixou de disparar foguetes contra os civis israelenses em seis meses de "trégua". Nunca modificou uma letra de seu discurso genocida, e enquanto isso foi se armando cada vez mais. 
 
Hoje, o Hamas tem na Faixa de Gaza, 15.000 homens armados, equipados por seus mentores iranianos, e assessorados pelo Hezbollah. Armas de todo tipo; foguetes de longo alcance que hoje pode atingir a um milhão de civis israelenses.
 
Ninguém, nos organismos internacionais e/ou nos meios de comunicação de massa internacionais, se perguntou como se arma até os dentes uma organização terrorista paramilitar debaixo do nariz dos enviados da ONU estacionados na área?
 
Ninguém, nos organismos internacionais e/ou nos meios de comunicação de massa internacionais, sequer perguntou como vive uma população civil como a de Gaza, com grave penúria econômica, rodeada de milhares de famílias que têm tudo o que necessitam, porque integram a elite de homens armados, equipados e alimentados para disseminar o terror, a violência e o constante estado de ódio e beligerância?
 
Hoje, sexta-feira, 26 de dezembro de 2008, difunde-se por todos os meios do Oriente Médio e do mundo a "iminência" de uma "escalada da violência" entre Israel e o Hamas.
 
O que é uma "escalada da violência"? Ontem caíram 80 foguetes em várias cidades e povoados israelenses: destruição física, psicológica e material. Hoje, não cairão menos. Antes de ontem a mesma história. Para frente e para traz no tempo,  é sempre igual.
 
O que pediriam os habitantes de Paris ou de Madrid ou de Nova York se fossem alvo de 80 foguetes por dia, durante dias, meses, anos? O que fariam seus governantes?
 
Pois bem, o Governo de Israel vai reagir à barbárie a que está submetida sua população civil, porque se não o fizer, estará sendo gravemente omisso em relação ao seu dever de proteger seus cidadãos, como corresponde a todo governo.
 
Israel vai reagir, e imediatamente os organismos internacionais correrão a se reunir para falar do "uso desproporcional da força".
 
Os convidamos a ir a Sderot e ficar vivendo lá por 15 dias. Não três anos, somente duas semanas. Depois dessa vivência, gostaríamos de saber como se sentiriam os que votam condenações automáticas, inúteis e irritantes (se têm  coragem e ânimo para aceitar o convite), experimentando na própria carne como se "desfruta" não poder enviar os filhos à escola; correr para os abrigos; ir ao supermercado com medo; e tudo isso se tiver sorte, porque se caminhar por uma linda praça e ouvir uma sirene, o foguete lançado pelo Hamás o assassinará cortando-o em pedaços, porque não terá 30 segundos para chegar a um abrigo anti-aéreo.
 
E um segundo convite aos membros destes organismos internacionais: se aceitaram ir a Sderot, depois não se esqueçam em redefinir o "uso desproporcional da força".
 
 
A "escalada" parece inevitável porque nunca houve uma "trégua". E as conseqüências serão mais civis de ambos os lados sofrendo de forma infame;
mais armas do Irã para o Hamas porque ali o que importa é o ódio e não a vida humana; mais declarações altissonantes a partir de poltronas acolchoadas; e a sensação multiplicada de que este enfrentamento leva a um interminável caminho de final difícil de avistar por enquanto, mas como disse a Ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, é um caminho que não tem saída enquanto o Hamas governar Gaza.
Distrito 23 - B'nai B'rith Internacional
 
 Edição : Lia Bergmann - Assessora de Direitos Humanos e Comunicações da B'nai B'rith do Brasil

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