

Esta é a mais sangrenta operação israelense contra palestinos desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
GAZA - O número de palestinos mortos durante ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza subiu para 282, e os feridos já somam cerca de 900 pessoas. Os bombardeios tiveram início no sábado, 27, e continuaram neste domingo, informou o responsável do serviço médico de emergências em Gaza, Moawiya Hasanein.


Cerca de 65 palestinos perderam a vida na última leva de ataques da Força Aérea Israelense contra sedes do Hamas, oficinas de metalurgia e mesquitas, segundo o responsável médico.

Nas primeiras horas da noite passada, a aviação militar de Israel destruiu a estrada Saladino, a principal do norte de Gaza. Logo, durante a noite, os F-16 israelenses bombardearam 23 alvos, entre eles o edifício onde se reúne o governo do Hamas em conselho de ministros, um armazém da cidade de Rafah, ao sul, e lançaram foguetes, segundo fontes de segurança da Palestina.

O conselho de segurança da ONU, reunido de urgência nesta madrugada, pediu unanimemente que "cesse de imediato" a violência na zona e que se permita o fornecimento de ajuda humanitária no local. O primeiro ministro israelense, Ehud Olmert, advertiu neste domingo que a ofensiva "pode se prolongar durante muito tempo" e que Israel atuará com "sensatez, paciência e firmeza" até "alcançar os resultados desejados".
Olmert disse ainda que o exército de seu país necessitará de tempo para "completar sua missão" em Gaza, enquanto o titular de Defesa, Ehud Barak, destacou que "há um momento para tréguas e um momento para o combate", e, "agora, é o momento do combate".
O gabinete de Olmert aprovou a convocação de militares da reserva para ajudar nos ataques à Faixa de Gaza, segundo informações da imprensa israelense. Os reservistas devem ajudar em uma possível ofensiva terrestre, mas não há detalhes sobre o número de militares convocados.
Os líderes do Hamas estão escondidos por medo de serem o próximo alvo dos ataques, lançado oito dias após a conclusão da trégua de seis meses combinada em junho por Israel e o movimento islâmico com mediação egípcia. O chefe do governo do Hamas em Gaza, Ismail Haniye, acusou Israel de ter cometido "o mais horrível e feio massacre do povo palestino".