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Israel expande ofensiva militar e fará invasão terrestre a Gaza

O governo de Israel aprovou neste domingo a convocação de 6.500 reservistas para uma eventual invasão militar de Gaza por terra, com o objetivo de apoiar os bombardeios aéreos que já deixaram 270 mortos e mais de 700 estão feridos. Hoje, pelo segundo dia consecutivo, os israelenses arremessaram cerca de 100 bombas contra os palestinos.

Para a operação, o Exército de Israel organizou na faixa de Gaza centenas de soldados de infantaria e veículos de combate para uma operação terrestre em grande escala. O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, disse hoje que o Exército "aprofundará e ampliará sua operação conforme necessário, pois o objetivo da operação é mudar completamente as regras do jogo".

De acordo com jornal "Haaretz", o número de convocações de reservistas pode aumentar, na maior ofensiva do país desde a Guerra dos Seis Dias em 1967. "Oficiais da Defesa disseram que alguns reservistas estão sendo mobilizados para ajudar proteger algumas comunidades na fronteira de Gaza e que podem ajudar na retaliação com os palestinos. Os novos reservistas poderão ajudar na nova escalada de ataques".

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, disse hoje que o governo usará de "sensatez, paciência e firmeza" na gestão do ataque iniciado sábado na faixa de Gaza. Em resposta, as milícias palestinas dispararam mais de 50 foguetes --o que chegou mais longe caiu perto de Ashdod, a cerca de 37 quilômetros da faixa de Gaza.

Efe
Palestino tenta fugir de explosão em um campo de refugiados no sul do Líbano, em Sidón
Palestino tenta fugir de explosão em um campo de refugiados no sul do Líbano, em Sidón

A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) convocou uma jornada de luto e greve na Cisjordânia e Jerusalém Oriental. Em Nova York, o Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião de urgência e pediu o fim imediato da violência na região, além do fornecimento de ajuda humanitária.

De acordo com o jornal "El País", os ataques israelenses de hoje foram em sedes policiais e centros de entretenimento do Hamas, assim como zonas residenciais, estações de televisão, que desde o início dos ataques, fizeram as transmissões dos ataques.

"Uma mesquita foi bombardeada nas últimas horas por acolher atividades terroristas. Durante a madrugada caças áreas F-16 israelenses bombardearam 23 pontos, entre eles, a sede do governo no Hamas onde está situado o conselho do ministros", informou o jornal.

Hamas

De acordo com o "Haaretz", três oficiais sêniores do Hamas foram mortos nos ataques. "Tawfik Jabber, comandante da força policial em Gaza, o seu ajudante, comandante da Defesa e Segurança, Ismail al Ja'abri, e o governantes da central do Hamas, em Gaza, Abu Ahmad Ashur", informa o jornal.

Hoje, os palestinos prometeram começar a retaliação. " Os ocupantes israelenses devem saber que serão recebidos a fogo pelas nossas organizações militares", disse Iz al Din, Brigadas de Ezzedin al Qassam, braço armado do Hamas.

De acordo com o jornal, a situação na região está caótica. Com a falta de medicamentos e leitos em hospitais, os sobreviventes estão sendo atendidos em corredores e os corpos estão sendo colocados amontoados em salas de refrigeração.

Segundo o "El País", a Jihad Islâmica afirmou hoje que todos os combatentes estão convocados a responder a carnificina israelense. O líder do grupo palestino, Khaled Meshaal, pediu hoje aos partidários uma nova ofensiva contra Israel.

Anteriormente, o líder do governo do Hamas, Ismael Haniyeh, afirmou que os palestinos nunca se renderam em Israel. "Nós nunca abandonamos a nossa terra, nós levantaremos as bandeiras brancas somente a Deus", disse Haniyeh. "Pode haver mártires feridos, mas Gaza nunca irá se render".

O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmud Abbas, afirmou hoje que a responsabilidade da situação atual vivida hoje em Gaza é do grupo radical Hamas. "Nós conversamos com ele e pedimos: por favor, não comecem com os ataques, nós queremos a continuidade da trégua. Nós poderíamos ter evitado isso se eles tivessem aceitado", disse Abbas.

O grupo radical acusa Israel de ter violado o acordo de cessar-fogo estipulado em junho deste ano e que expirou no dia 19 de dezembro.

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