O movimento radical palestino Jihad Islâmica afirmou nesta terça-feira que não renovará a trégua vigente com Israel em Gaza, que expira na próxima sexta-feira (19). O anúncio vem no mesmo dia em que o país fechou a região fronteiriça após ataque da Jihad motivado pela morte de um de seus integrantes por forças de segurança israelenses.
"A trégua com o inimigo não permitiu realizar nossos objetivos [o fim do bloqueio em Gaza] e representa uma ameaça contra o interesse de nosso povo", afirma a Jihad Islâmica, em comunicado.
A Jihad reivindicou nesta terça-feira o disparo de quatro foguetes contra Israel. Novos disparos de foguetes palestinos foram realizados nesta terça-feira contra o sul do país. O ataque foi em represália pela morte de um de seus membros na Cisjordânia.
De acordo com as fontes palestinas, Jihad Mawahda, 23, foi morto a tiros quando deixava um cibercafé em Al-Yamin, ao norte de Jenin. Já um porta-voz do Exército israelense declarou que a vítima, um dirigente local da Jihad Islâmica, foi ferido quando tentava fugir e morreu a caminho do hospital em uma ambulância militar israelense.
Os incidentes acontecem a poucos dias do fim da trégua de seis meses que entrou em vigor em 19 de junho, obtida com a mediação do Egito. O movimento radical palestino Hamas controla a faixa de Gaza desde junho de 2007 e tem sido um dos maiores obstáculos ao avanço das negociações de paz entre o governo israelense e a Autoridade Nacional Palestina, presidida por Mahmoud Abbas.