Rabino Yaakov Salomon - Amigos não crescem em árvores
* 19 Cheshvan, 5769
Rabino Yaakov Salomon - Por que há pessoas abençoadas com amigos maravilhosos e atenciosos enquanto outras parecem destinadas a solidão?
Amigos. Eu tenho um forte sentimento de que "Friends" é muito mais do que um seriado cômico que está na moda na TV. Quero dizer, o site da Google acabou de me dar 63,000,000 referências para amigos, em 28 segundos, algo que nos diz muito.
E diz mesmo. Nossa procura, desejo e necessidade de nos cercar de pessoas que podemos compartilhar nossas vidas, começa quando ainda não conseguimos nos expressar verbalmente e parece não ter fim.
Às vezes, parece que nossa existência está freqüentemente controlada pelos amigos que temos ou não. Ansiamos, exigimos, aspiramos por amigos. Os amigos podem nos dar a razão para viver; chorar; imitar; se esforçar; se mostrar; brincar; ser tolo e triste.
Que poder!
E ainda, definir exatamente de onde este infinito poder realmente vem é difícil de compreender. Pense nos seus três melhores amigos e tente identificar o papel que fazem em sua vida. Não tão fácil, é? Agora tente imaginar qualquer experiência ou evento de sua vida, podem ser até os menos significativos, sem um bom amigo com você. O que poderia ser mais triste?
Mas, conseguir sucesso nesta busca crítica não é automático. Estamos todos familiarizados com as pessoas que nos envolvem com sentimentos genuínos, amigos fieis, enquanto outros não conhecem nada parecido. Ao invés disso, vão andando por aí sozinhos, fingindo amar sua autonomia e solidão ("Você não pode contar com ninguém a não ser você mesmo..."), enquanto sofrem em silêncio, sozinhos, desanimados e secretamente com medo do amanhã.
A pergunta é "Porque?" Por que algumas pessoas são aparentemente abençoadas com amigos maravilhosos, sábios e atenciosos enquanto outras de alguma maneira parecem destinadas a solidão?
Esta pergunta é realmente problemática, não só porque afeta muitas pessoas profundamente, mas porque coloca em foco o eterno dilema sobre o papel de D'us em pré-determinar nossas vidas versus nossos próprios esforços para ter sucessos e fracassos. Qual é a realidade? Existem pessoas realmente santificadas com grandes relacionamentos? Será que os outros estão realmente destinados a uma vida isolada?
* A Vontade de D'us, versus Livre Arbítrio - Grandes mentes lutaram para responder esta pergunta fundamental em nossas vidas ao longo do milênio. A literatura filosófica está repleta de tentativas para desvendar o mistério de exatamente o quanto D'us intervém e determina nosso destino e nossas decisões na vida. Longe de ser uma autoridade neste confuso tópico, posso afirmar um truísmo sobre ele. Não são muitos de nós que compreendem completamente este assunto.
O que parece claro, porém, é que alguns eventos em nossas vidas pessoais acontecem sem ambas dinâmicas em jogo. Em outras palavras, quase tudo que nos acontece é o resultado de uma combinação de D'us e nossos próprios esforços.
Por exemplo, ninguém se tornou um milionário pedindo pedágio na Ponte de Bayonne. Tornar-se rico requer um plano de ação, alguns fracasso, e muito esforço. E também uma intervenção divina, (ou um tio muito rico e morto). E mesmo assim, muitos que seguem exatamente está fórmula continuam de mãos vazias.
"Da mesma forma, é injusto esperar viver uma vida longa e saudável se comer comidas muito gordurosas e doces e se levantar do sofá somente para ir ao microondas; fumar três maços de cigarro por dia e ficar constantemente estressado emocional e financeiramente. Com certeza, conhecemos pessoas assim, algumas nos seus 80 anos, que fazem exatamente isto. (Mas não conseguimos agüentá-las!)"
Em outras palavras, não há garantias. Normalmente, nós só jogamos com as porcentagens. Nas finanças, saúde e em outras áreas decisivas da vida percebemos que D'us tem a palavra final, mas precisamos fazer nossa parte também. E então rezamos e esperamos pelo melhor. Muito razoável.
Mas nem tudo é abordado deste modo. Existem certos aspectos de nossa existência que parecem ser pesados mais de um lado do que de outro.
Por exemplo, enquanto cosméticos, roupas, estilo e elegância podem certamente ajudar, a beleza da pessoa está, provavelmente, mais imposta por D'us do que por seus próprios esforços. Frustrante, porém verdadeiro. E você poderia pensar que tem sorte ao escolher os números do próximo sorteio da loteria, mas o fato de ganhar ou perder a loteria depende muito mais claramente do domínio Divino do que o seu. Desculpe. E talvez até mais obviamente, se alguém está propenso a alergias ou não, tem muito pouco a ver com a quantia de vitaminas que toma. Estas e outras coisas tem muito mais relação com as escolhas de D'us para nós do que nossos esforços por nós mesmos.
Reciprocamente, poderíamos argumentar o fato das pessoas nascerem com predisposições a certos traços característicos como a generosidade, sensibilidade, paciência etc, porém somos responsáveis pelo nosso comportamento. Quanto mais trabalhamos para aperfeiçoar nosso temperamento e disposição, nos tornamos pessoas melhores. Com certeza, a ajuda de d'us é sempre importante, mas quando se trata de nosso comportamento, temos o domínio sobre a agulha e a linha.
Então, algumas vezes D'us está no comando do show, algumas vezes somos nós e em outras está dividido igualmente entre ambos.
* Fazendo Amigos - E agora chegamos na amizade. Em qual categoria a amizade se ajusta melhor? A maioria das pessoas parecem ter relacionado este departamento ao Criador. Como dissemos anteriormente, alguns de nós são abençoados com muitos amigos maravilhosos; outros são destinados a solidão.

Amigos. Eu tenho um forte sentimento de que "Friends" é muito mais do que um seriado cômico que está na moda na TV. Quero dizer, o site da Google acabou de me dar 63,000,000 referências para amigos, em 28 segundos, algo que nos diz muito.
E diz mesmo. Nossa procura, desejo e necessidade de nos cercar de pessoas que podemos compartilhar nossas vidas, começa quando ainda não conseguimos nos expressar verbalmente e parece não ter fim.
Às vezes, parece que nossa existência está freqüentemente controlada pelos amigos que temos ou não. Ansiamos, exigimos, aspiramos por amigos. Os amigos podem nos dar a razão para viver; chorar; imitar; se esforçar; se mostrar; brincar; ser tolo e triste.
Que poder!
E ainda, definir exatamente de onde este infinito poder realmente vem é difícil de compreender. Pense nos seus três melhores amigos e tente identificar o papel que fazem em sua vida. Não tão fácil, é? Agora tente imaginar qualquer experiência ou evento de sua vida, podem ser até os menos significativos, sem um bom amigo com você. O que poderia ser mais triste?
Mas, conseguir sucesso nesta busca crítica não é automático. Estamos todos familiarizados com as pessoas que nos envolvem com sentimentos genuínos, amigos fieis, enquanto outros não conhecem nada parecido. Ao invés disso, vão andando por aí sozinhos, fingindo amar sua autonomia e solidão ("Você não pode contar com ninguém a não ser você mesmo..."), enquanto sofrem em silêncio, sozinhos, desanimados e secretamente com medo do amanhã.
A pergunta é "Porque?" Por que algumas pessoas são aparentemente abençoadas com amigos maravilhosos, sábios e atenciosos enquanto outras de alguma maneira parecem destinadas a solidão?
Esta pergunta é realmente problemática, não só porque afeta muitas pessoas profundamente, mas porque coloca em foco o eterno dilema sobre o papel de D'us em pré-determinar nossas vidas versus nossos próprios esforços para ter sucessos e fracassos. Qual é a realidade? Existem pessoas realmente santificadas com grandes relacionamentos? Será que os outros estão realmente destinados a uma vida isolada?
* A Vontade de D'us, versus Livre Arbítrio - Grandes mentes lutaram para responder esta pergunta fundamental em nossas vidas ao longo do milênio. A literatura filosófica está repleta de tentativas para desvendar o mistério de exatamente o quanto D'us intervém e determina nosso destino e nossas decisões na vida. Longe de ser uma autoridade neste confuso tópico, posso afirmar um truísmo sobre ele. Não são muitos de nós que compreendem completamente este assunto.
O que parece claro, porém, é que alguns eventos em nossas vidas pessoais acontecem sem ambas dinâmicas em jogo. Em outras palavras, quase tudo que nos acontece é o resultado de uma combinação de D'us e nossos próprios esforços.
Por exemplo, ninguém se tornou um milionário pedindo pedágio na Ponte de Bayonne. Tornar-se rico requer um plano de ação, alguns fracasso, e muito esforço. E também uma intervenção divina, (ou um tio muito rico e morto). E mesmo assim, muitos que seguem exatamente está fórmula continuam de mãos vazias.
"Da mesma forma, é injusto esperar viver uma vida longa e saudável se comer comidas muito gordurosas e doces e se levantar do sofá somente para ir ao microondas; fumar três maços de cigarro por dia e ficar constantemente estressado emocional e financeiramente. Com certeza, conhecemos pessoas assim, algumas nos seus 80 anos, que fazem exatamente isto. (Mas não conseguimos agüentá-las!)"
Em outras palavras, não há garantias. Normalmente, nós só jogamos com as porcentagens. Nas finanças, saúde e em outras áreas decisivas da vida percebemos que D'us tem a palavra final, mas precisamos fazer nossa parte também. E então rezamos e esperamos pelo melhor. Muito razoável.
Mas nem tudo é abordado deste modo. Existem certos aspectos de nossa existência que parecem ser pesados mais de um lado do que de outro.
Por exemplo, enquanto cosméticos, roupas, estilo e elegância podem certamente ajudar, a beleza da pessoa está, provavelmente, mais imposta por D'us do que por seus próprios esforços. Frustrante, porém verdadeiro. E você poderia pensar que tem sorte ao escolher os números do próximo sorteio da loteria, mas o fato de ganhar ou perder a loteria depende muito mais claramente do domínio Divino do que o seu. Desculpe. E talvez até mais obviamente, se alguém está propenso a alergias ou não, tem muito pouco a ver com a quantia de vitaminas que toma. Estas e outras coisas tem muito mais relação com as escolhas de D'us para nós do que nossos esforços por nós mesmos.
Reciprocamente, poderíamos argumentar o fato das pessoas nascerem com predisposições a certos traços característicos como a generosidade, sensibilidade, paciência etc, porém somos responsáveis pelo nosso comportamento. Quanto mais trabalhamos para aperfeiçoar nosso temperamento e disposição, nos tornamos pessoas melhores. Com certeza, a ajuda de d'us é sempre importante, mas quando se trata de nosso comportamento, temos o domínio sobre a agulha e a linha.
Então, algumas vezes D'us está no comando do show, algumas vezes somos nós e em outras está dividido igualmente entre ambos.

Francamente, eu discordo.
Akiva, um amigo meu, ouviu que um grande rabino estava se mudando para o seu bairro a alguns anos atrás. Ele tinha uma relação casual e raras vezes se encontrava com ele, mas sempre sonhou em desenvolver uma amizade verdadeira com o rabino. Por isso, não esperou o rabino se mudar para "ver o que acontece" e também não contou com o dom de fazer descobertas felizes por acaso e nem esperou por D'us para orquestrar seus caminhos e cruzá-los com o do rabino.Sentou-se e escreveu uma carta de boas-vindas ao bairro e sugeriu que eles tivessem uma sessão de uma hora de estudos uma vez por semana, depois que este se mudasse.
O fato é que por alguma razão, o rabino recusou o pedido inicial de Akiva. Mas a carta foi sinceramente apreciada e iniciou uma amizade.
"A amizade não é nem um luxo, nem um fardo e nem um sintoma de dependência de infância não resolvido. É um componente essencial da condição humana."
É claro, alguns precisam mais do que outros de amigos. Mas até os Sábios da Mishná, há mais de 1800 anos atrás nos imploravam para: "Aceitar um professor em você mesmo e adquirir um amigo (Ética dos Pais, 1:6)."
E fazer amigos não quer dizer esperar que seu celular vibre em sua casa, e depois lamentar sua falta de sorte quando se sentir só. As aquisições deste tipo exigem motivação séria, estratégias muito específicas, e a coragem para arriscar. Não é fácil revelar suas vulnerabilidades e se arriscar a ser rejeitado. Freqüentemente é preciso algumas doses grandes de chutzpá para abordar alguém que não conheça e começar uma conversa, fazer perguntas ou um convite para um evento. E circunstâncias reais como: idade, tempo, bairro, grupo que freqüenta, situação financeira, timidez, etc. são obstáculos freqüentemente presentes para superar. Mas o esforço vale a pena.
A vida é muito complicada e frágil para ir sozinho. Todos precisam de um amigo nos dias de hoje. E somente ter esperanças, rezar, ou esperar que estas amizades sejam criadas e desenvolvidas sozinhas não é real na melhor das hipóteses; e sim precário.
Ter um papel ativo nesta busca significa sentar-se com papel e caneta em mãos e pensar seriamente quem seria uma valiosa adição para seu livro de endereços. Por mais grosseiro e sem romantismo que pareça, táticas especificas devem ser formuladas e implementadas para que se estabeleça uma amizade significante.
"Mas será que D'us não aproxima as pessoas se o destino delas é estarem juntas?"
Sim... às vezes.
Mas não sempre, você precisa fazer a maior parte do trabalho. E o mesmo trabalho ético certamente se aplica depois, quando quiser que a amizade seja significante, satisfatória e duradoura.
D'us pode ajudar. Mas você deve fazer acontecer.
Esta é a maneira.