Equívoco Diplomático

Equívoco Diplomático

magal53
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Equívoco Diplomático
 
Osias Wurman
 

Estavam certos, mais uma vez, os judeus americanos que sufragaram maciçamente o partido democrata, seguindo antiga tradição. Embora os inimigos e intrigantes de plantão desejassem afastar Barak Obama do eleitorado judeu, a pesquisa de boca de urna deu 78% dos votos judaicos para o vencedor. No próximo Congresso americano teremos 44 políticos da comunidade israelita, sendo 12 senadores e 32 deputados, dos quais 39 são democratas, 3 republicanos e 2 independentes.
Os primeiros nomeados por Obama jogaram um balde de água fria nas expectativas dos fundamentalistas do Oriente Médio e do Irã. O chefe nomeado para a Casa Civil é judeu-americano, Rahm Emanuel, parceiro antigo do presidente eleito e homem de confiança do novo governo.Também a influência dos Clintons representa fronteiras seguras e defensáveis para o Estado de Israel.
Neste momento, vale lembrar, há uma pressão mundial encabeçada pela ONU, para deter a fabricação de armas nucleares pelo Irã, a maior ameaça à paz na região. Em pleno regime de sanções e restrições impostas pelo comercio mundial ao governo de Ahmadinejad, o chanceler brasileiro Celso Amorim resolveu visitar o Irã em busca de novos negócios.
Temos que priorizar ao máximo o interesse nacional, mas não seria mais prudente aguardar um pouco mais de tempo antes de abrir os braços para parceiros tão beligerantes? Ou será que não ecoaram no Itamaraty o envolvimento do Irã com o Hezbollah no Líbano e o Hamas em Gaza, e ainda as ameaças de varrer Israel do mapa? E a acintosa negação revisionista ao genocídio durante o Holocausto ? O Estado de Israel é país membro da ONU, além de amigo e parceiro comercial do Brasil, há 60 anos.
Resta a esperança na capacidade diplomática do Presidente Lula, fiel e fraterno amigo da comunidade judaico-brasileira e admirador do Estado Judeu, no intuito de intervir junto ao governo do Irã, contra as ameaças de um novo genocídio propaladas por Ahmadinejad.
Colocar-se na contra-mão das nações ocidentais, do lado do Irã e contra a ONU e Israel, é pouco recomendável.
Podemos almejar um mundo melhor, desde que saibamos apoiar os pacifistas, em detrimento dos ameaçadores belicistas.
Lula e Obama podem ajudar a pacificar o Oriente Médio, caminho que passa necessariamente pelo isolamento do fundamentalismo suicida antijudaico e antipalestino.
Basta dar as mãos e caminhar ao lado dos amantes da paz na direção correta.
Osias Wurman-é jornalista, email:owurman@globo.com
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Magal
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