Os dados foram publicados após a apuração de 703 das 707 urnas, que ficaram abertas até as 22 horas locais.O terceiro candidato na disputa, o milionário russo Arcadi Gaydamak, do Partido da Justiça Social, recebeu somente 3,6% dos votos.
Barkat, um empresário de 49 anos que concorreu como candidato independente, anunciou sua vitória com a metade de votos apurados. "Desde esta manhã sou o prefeito de todos os jerosolimitanos", disse o candidato eleito, segundo a imprensa local. Barkat ressaltou em seu discurso que Jerusalém é a "capital eterna do povo judeu" e "pertence à esquerda e à direita, aos religiosos e aos seculares".
Em Jerusalém, os ultra-ortodoxos, liderados por Uri Lupolianski, estiveram à frente da Prefeitura nos últimos cinco anos. Na cidade, onde vivem 750 mil habitantes, a maioria dos 230 mil palestinos moradores da parte oriental não foi às urnas, seguindo as chamadas da Autoridade Nacional Palestina (ANP), que considera que exercer o direito ao voto suporia o reconhecimento implícito da soberania israelense sobre toda a cidade. Os palestinos reivindicam a parte leste da cidade, ocupada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias (1967), como capital de seu futuro estado.
Barkat, empresário do setor de alta tecnologia e informática, declarou durante sua campanha que Jerusalém - considerada pela legislação de Israel como sua "capital eterna e indivisível"- "deve permanecer unificada, como capital do povo judeu, e aberta a todo o mundo e religiões". Para os cerca de 30% dos habitantes árabes de Jerusalém, o político não oferece mais do que a residência permanente e sua integração na cidade em igualdade de condições econômicas à população judaica.
Em contraposição à população ultra-ortodoxa, o político se ergueu como representante dos laicos e prometeu tratar de devolver à cidade um espírito progressista em termos econômicos, apoiado em sua experiência nos negócios. Nas últimas décadas, esta comunidade religiosa judia apresentou um aumento considerável de sua população em Jerusalém, transformando numerosos bairros tradicionalmente laicos em cenário de uma luta corpo-a-corpo entre seculares e ortodoxos para preservar seus costumes e demografia.
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Magal
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