
Pesquisas indicam que ministra do Exterior teve vantagem de 10 pontos; Kadima escolhe sucessor de Olmert.
JERUSALÉM - A ministra do Exterior israelense, Tzipi Livni, deve obter uma ampla vitória nas eleições primárias de Israel que elegem o sucessor do primeiro-ministro Ehud Olmert na liderança do partido da situação, o Kadima, segundo pesquisas de boca de urna divulgadas por emissoras locais. Duas sondagens, dos Canais 1 e 10, indicam que Livni teve 10 pontos de vantagem sobre o ministro dos Transportes, Shaul Mofaz.
As pesquisas, divulgadas após o fechamento das urnas na tarde desta quarta-feira, 17, diziam que Livni poderia vencer com mais de 40% dos votos, o que evitaria um segundo turno. Se for eleita, a ministra de 50 anos será a primeira premiê israelense desde Golda Meir, que assumiu o cargo na década de 1970. Embora o anúncio dos resultados oficiais esteja previsto para as primeiras horas de quinta-feira (noite desta quarta no Brasil), os assessores de campanha de Livni já dão como certa sua vitória.
Olmert, que enfrenta investigações por corrupção, indicou que espera apenas o resultado para apresentar sua renúncia. Ele está sendo investigado pelas acusações de ter recebido ilegalmente US$ 150 mil de um empresário americano e de ter pedido dinheiro a vários departamentos do governo para as mesmas viagens ao exterior quando era prefeito de Jerusalém. Entretanto, o premiê planeja continuar nas negociações de paz com os palestinos apoiadas pelos Estados Unidos, enquanto Livni tentará formar uma nova coalização governista.
Formada em direito, Livni foi agente do Mossad - o serviço secreto externo de Israel - e começou na política em 1999, quando foi eleita para o Parlamento. Como chanceler, ela liderou as negociações de paz com os palestinos.
Mesmo se Livni for eleita, poucos arriscam a dar palpites sobre o que ocorrerá após as primárias. Primeiro, porque muitos no Kadima duvidam da habilidade da chanceler em obter apoio de outros partidos para a coalizão. Ela pediu a saída de Olmert depois da publicação de um relatório apontando falhas na guerra contra o Líbano, em 2006. Nem ela nem ele saíram.
Há ainda incertezas sobre a própria força do Kadima, formado há menos de três anos pelo então premiê Ariel Sharon, afastado em 2006 após um derrame e ainda em coma. Assim que o vencedor da eleição for anunciado - provavelmente na quinta -, ele terá 42 dias para obter o apoio da maioria dos 120 parlamentares e formar um novo governo.
Olmert, que enfrenta investigações por corrupção, indicou que espera apenas o resultado para apresentar sua renúncia. Ele está sendo investigado pelas acusações de ter recebido ilegalmente US$ 150 mil de um empresário americano e de ter pedido dinheiro a vários departamentos do governo para as mesmas viagens ao exterior quando era prefeito de Jerusalém. Entretanto, o premiê planeja continuar nas negociações de paz com os palestinos apoiadas pelos Estados Unidos, enquanto Livni tentará formar uma nova coalização governista.
Formada em direito, Livni foi agente do Mossad - o serviço secreto externo de Israel - e começou na política em 1999, quando foi eleita para o Parlamento. Como chanceler, ela liderou as negociações de paz com os palestinos.
Mesmo se Livni for eleita, poucos arriscam a dar palpites sobre o que ocorrerá após as primárias. Primeiro, porque muitos no Kadima duvidam da habilidade da chanceler em obter apoio de outros partidos para a coalizão. Ela pediu a saída de Olmert depois da publicação de um relatório apontando falhas na guerra contra o Líbano, em 2006. Nem ela nem ele saíram.
Há ainda incertezas sobre a própria força do Kadima, formado há menos de três anos pelo então premiê Ariel Sharon, afastado em 2006 após um derrame e ainda em coma. Assim que o vencedor da eleição for anunciado - provavelmente na quinta -, ele terá 42 dias para obter o apoio da maioria dos 120 parlamentares e formar um novo governo.