Líder islâmico alerta McCartney sobre ataque
Show do ex-Beatles no dia 25 integra os festejos pelos 60 anos de Israel. Numerosos sites condenaram a decisão do artista
LONDRES - O líder islâmico Omar Bakri, que vive no Líbano desde a sua expulsão da Inglaterra, advertiu o ex-Beatles que ele estará exposto a um ataque em seu show, marcado para o dia 25 - pelas comemorações dos 60 anos da criação de Israel.
Em declarações dadas ao tablóide britânico "Sunday Express", Bakri, de 48 anos e de origem síria, afirma que Paul McCartney virou um "inimigo dos muçulmanos" quando aceitou se apresentar em um Estado que os oprime. Por isso, o religioso avisou que McCartney "não estará a salvo" em Israel, uma vez que os encarregados das operações de "sacrifício" (ações suicidas) estarão esperando pelo artista.
Aparentemente, Bakri já havia tecido comentários semelhantes em seu site. "Em vez de apoiar os palestinos em seu sofrimento, McCartney celebra as atrocidades dos ocupantes. Supõe-se que quem está ocupado é que merece a ajuda", escreveu o líder islâmico na internet.
Ainda de acordo com o tablóide, McCartney reconheceu à imprensa israelense que recebera pedidos de diversos grupos para não participar das comemorações do aniversário do Estado judeu. No entanto, ele teria dito que aceitou o convite porque faz o que "acha melhor" e tem "muitos amigos que apóiam Israel". McCartney, de 65 anos, deveria ter ido a Israel com os Beatles em 1965, mas, na época, o governo israelense proibiu a visita por considerar que o quarteto corromperia os jovens.
No sábado, numerosos sites condenaram a decisão de McCartney de tocar em Israel, pelo que, segundo a imprensa, o artista receberá 2,3 milhões de libras. Um porta-voz do músico, consultado pelo tablóide, não quis comentar a suposta ameaça à vida do ex-Beatle e se limitou a dizer que "o show `Friendship first' é sobre a música dele" e que "leva uma mensagem de paz".
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Magal
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