Marx Golgher
Se existe algo marca profundamente o ethos, (aquilo que é característico e predominante nas atitudes e sentimentos dos indivíduos de um povo, e que marca suas realizações ou manifestações culturais), do Estado de Israel é a predominante mentalidade de isolamento de "gueto"- o olhar quase exclusivamente para o seu próprio umbigo, gerado pelos 1.813 anos de vivência sem-Estado.
É o que empurra sistematicamente o país para o isolamento, desdenhando qualquer relacionamento favorável com o exterior, repudiando a "públic diplomacy", o empenho oficial do governo de explicar ao mundo exterior a sua política externa no sentido de esclarecer a sua postura internacional, no sentido de diminuir as más interpretações e os maus entendidos com relação do país com outros Estados e suas instituições, sociedade, etc, formatando uma imagem própria no concerto das nações. Com a ausência da devida comunicação social, de relações públicas, acaba por prevalecer a imagem esculpida pela propaganda islamo-esquerdista, uma mixórdia ideológica de Islamismo fundamentalista-jahidista com materialismo dialético marxista, uma esdrúxula mistura de Maomé com Karl Marxl, inimigos figadais de Israel, Estado, e povo judeu. Desse modo, sem comunicação social, os inimigos de Israel podem atuar com toda a liberdade, marcando a pauta da mídia sobre o que ocorre na Terra Santa à feição de seus interesses, influenciar milhões e milhões de pessoas no planeta, estimulando o crescimento do antjudaismo pela crítica odienta ao Estado judeu. Com que se logrou nos 60 anos de Israel no campo internacional- sem "public diplomacy" foi a inversão do sonho sionista- ao invés da criação do Estado judeu erradicar o anti-semitismo, veio a se tornar outro fator estimulador do antijudaismo pelo mundo afora....
Diariamente se constata nas mídia os desastrosos resultados dessa mentalidade de gueto, mas no que se refere o absoluto silencio de Israel, mida, instituições, governos e partidos "de direita ou de esquerda" quanto aos efeitos dos choques do petróleo articulados pela Organização de Exportadores de Petróleo- OPEP atinge-se ao paroxismo da alienação obtusa.
De fato, a OPEP é o exemplo mais conhecido de cartel com objetivo de unificar a política petrolífera dos países membros, centralizando a administração da atividade, baseado num controle de preços e do volume de produção, estabelecendo pressões no mercado, impondo aos paises importadores preço extorsivos, os temidos choques do petróleo. E o que Israel tem a ver com isso?
E' precisamente com os lucros fabulosos dos paises membros da OPEP- República Islâmica do Irã, Arábia Saudita, Libia Emirados Árabes Unidos (Novembro 1967) Iraque, Kuwait, Qatar,Nigéria , Venezuela Equador (de 1973 até 1992, retornou como membro em dezembro de 2007) Indonésia, é que o Islã terrorista sustenta toda a pródiga campanha anti-Israel. Alíás, é publico e notorio para todo o mundo, menos para Israel, que o primeiro choque do petróleo, a multiplicação do preço de 3 dolares para 11 dolares o barril em três meses, se deu no rastro da guerra do Iom Kippur, outubro de 1973. quando a OPEP deu a conhecer ao mundo que o petróleo tinha se transformado em "arma politica" da libertação da Palestina das mãos sionistas....
Tal golpe atuou como uma tsnunami econômica para os paises importadores do 3 e 4 mundo, ou seja principalmente dos paises pobres, aumentando-lhes a miséria e a fome. Foi considerado pelos especialistas como a maior transferencia de riqueza da história do homem, em tempos de paz. O Brasil como maior importador do 3 Mundo, foi sangrado pelo primeiro choque da libertação da Palestina da OPEP de tal modo, que teve que contrair a maior petrodivida do 3 Mundo, 350 bilhões de dolares(atualizados), o que invabilizou o seu desenvolvimento social e economico por várias décadas....
Sob a mais absoluta omissão de Israel, o colossal sucesso do Primeiro Choque permitiu uma sucessão de outros, espoliando os povos pobres do planeta importadores de petróleo. Atualmente, o mundo está diante o quinto choque- o barril de petróleo que custava já US$ 55, um preço elevado em 2005, em sucessivos aumentos recordes já atingiu US$ 139. Resultado:- em função do papel essencial do fóssil cartelizado na produçao agricola, desde fertilizantes, pesticidas, até aos meios de transporte, os paises pobres foram onerados em 40% desde o ano passado nos preços de mantimentos essenciais, causando protestos e vandalismo desde o Haiti ao Bangladesh e Egito das populações esfomeadas, testemunhados ao vivo e em cores nas TVs, mostrando a gravidade do mais recente golpe da OPEP....
E'com a fome, miséria dos paises pobres importadores de petróleo que o segundo maior exportador da OPEP, o Irã de Ahamadienajed está promovendo a campanha de "varrer Israel do mapa", sustentando o terror do Hizbolah, do Hamas, inclusive sustentando a compra de carrissimas supercentrifugas de material nuclear para produzir arrefatos nuclares o mais rapidamente possivel, bem como pode sustentar o continuo aperfeiçoamento de misséis de longo alcance...
E qual a resposta de Israel? Por acaso a energica denuncia contra a espoliação da OPEP dos paises pobres importadores de petróleo; por acaso, a abertura das unidades de excelencia de pesquisas agricolas israelenses para o aprimoramento dos biocombustíveis, como a cana-de-açucar, como combustivel alternativo aos derivados do petróleo, a livrar o mundo pobre da sangria desatada da OPEP islamita?....Qual o quê....
Ouve-se um estridente silencio, na ausencia completa de uma public diplomacy ... Aonde vamos com a nossa mentalidade de gueto nos 60 anos de Israel? ....
Shalom,
Marx