A revolta pela dignidade dos homens

Mensagem de Yom Haatzmaut
do primeiro-ministro
israelense Ehud Olmert

É com imenso prazer que envio meus mais calorosos cumprimentos de Jerusalém – o coração vibrante do povo judeu e a eterna capital do Estado de Israel – por ocasião do 60º Yom Haatzmaut - Aniversário da Independência do Estado de Israel. Ao celebrarmos este marco da história de Israel, esta é uma excelente oportunidade não apenas de olharmos para as tremendas realizações destes últimos 60 anos, como também olhar adiante para o que o futuro reserva para Israel e o povo judeu. Nos últimos 60 anos, Israel tornou-se um país moderno e vibrante – com uma economia forte e estável, líder mundial na agricultura, ciências, alta tecnologia e medicina, uma economia que acolhe e absorve judeus de todo o mundo, e que abraça as mais diferentes culturas de onde quer que venham.

"Nosso maior recurso natural e nossa melhor
chance de garantir o futuro do Estado de Israel
e do povo judeu são nossas crianças. Temos
que investir na educação judaico-sionista"

Mesmo com todas as realizações, ainda temos muito a efetuar. Temos que exaurir todas as possibilidades para obter a paz com nossos vizinhos árabes, enquanto salvaguardamos a segurança de nossos cidadãos. Temos que trabalhar para assegurar uma sociedade mais justa e equalitária, que rejeite todas as formas de discriminação e preconceito. Temos que assegurar que o Estado de Israel abrace os desafios e maravilhas do século XXI, para assegurar sua condição de "luz entre as nações". Nosso maior recurso natural e nossa melhor chance de garantir o futuro do Estado de Israel e do povo judeu são nossas crianças. Temos que investir na educação judaico-sionista, desenvolver programas que fortaleçam a afinidade da juventude da Diáspora para o Estado de Israel, e trabalhar para fortalecer a identidade e continuidade judaica. Para este fim, temos que fortalecer a parceria histórica entre nossos irmãos e irmãs da Diáspora e o Estado de Israel. Apenas juntos – prosseguindo adiante ombro a ombro – podemos garantir nosso futuro comum, nos fortalecermos como um povo e nação, e compreendermos totalmente a promessa do Estado de Israel como um país judeu e democrático.

_____________________________________________

Yossi Harel, comandante do "Exodus", o navio que levou para a Palestina, em 1947, 4.500 sobreviventes do Holocausto, morreu em Israel aos 90 anos. Harel coordenou as operações clandestinas realizadas entre 1945 e 1948 que transportaram cerca de 24.000 imigrantes judeus a bordo de quatro barcos, um deles o "Exodus". O navio de Harel transportou um terço dos refugiados judeus que chegaram ilegalmente à Palestina naquela época.

---

O Tribunal Administrativo de Erding (Alemanha) condenou o neonazista Horst Mahler, de 72 anos, a dez meses de prisão. Durante uma entrevista à revista Vanity Fair, ele cumprimentou seu entrevistador com um "Heil Hitler, Herr Friedman" e, durante a conversa, qualificou Adolf Hitler de "redentor do povo alemão", além de ter negado o Holocausto.

---

Uma equipe de médicos da clínica psiquiátrica de Beer-Yakov, no sul de Tel-Aviv, está utilizando a molécula MDMA, que figura entre os componentes do ecstasy para tratar os traumatismos vinculados à guerra. Os especialistas estão convencidos de que a psicoterapia é fundamental para curar esse tipo de traumatismo, mas acham que a droga pode ser útil para tratamentos complementares. Eles defendem que seus efeitos opostos, excitantes e calmantes, podem permitir ao paciente não apenas controlar seu trama, como também superá-lo.

---

O Memorial do Holocausto em Berlim será palco de um concerto ao ar livre, quando vai comemorar três anos de sua inauguração. No dia 09 de maio, a orquestra Kammersymphonie de Berlim irá apresentar pela primeira vez em todo o mundo uma peça experimental do compositor Harald Weiss. Os músicos irão se espalhar entre as 2.711 lajes de concreto cinza que formam o monumento, e a platéia será capaz de andar livremente por eles. O memorial custou US$43.6 milhões em valores atuais para ser construído e fica aberto 24 horas para visitação. Mais de oito milhões de pessoas visitaram o local desde a sua abertura e cerca de 3000 convidados estarão presentes no concerto, que será gratuito.

______________________________________________

A revolta pela dignidade dos homens

Herman Glanz, presidente da Organização Sionista do Brasil

No próximo 01 de maio relembraremos, pelo calendário oficial judaico, 27 de Nissan, o "Dia da Shoá e do Heroísmo", marcando os 65 anos da "Revolta do Gueto de Varsóvia". Se, de um lado, reverenciamos o heroísmo dos que lutaram, sabendo que não poderiam vencer, mas demonstraram a dignidade da reação, devemos ficar atentos ao que ocorre hoje em dia, porque, parece, ninguém aprendeu a lição: o totalitarismo continua, até se aproveitando da democracia para se impor. Os ataques contra os judeus em todo o mundo, e em especial em Israel, com foguetes, carros-bomba e homicidas-suicidas, sempre contra judeus, seguem a mesma linha totalitária do nazismo, dos pogroms, da Solução Final. Desta vez não parte dos europeus, mas dos islâmicos fundamentalistas, dos terroristas ditos moderados e dos terroristas violentos, que são todos iguais: ou disfarçam ou falam abertamente, mas o resultado é o mesmo: matar judeus. Afinal de contas, Israel é o Estado Judeu. Devemos nos revoltar como se revoltaram os heróis do Gueto, para que nunca mais possa acontecer a desgraça da II Guerra Mundial e, assim, restabelecer a dignidade humana. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, esteve em Washington, visitando o presidente Bush. Segundo Abbas, nada de novo surgiu. Os palestinos continuam sempre com novas exigências a cada passo que conseguem que Israel ceda visando a paz. Primeiro foi exigida a libertação de todos os palestinos presos em Israel; agora, trazer de volta todos os "ditos refugiados" do Líbano. Tudo para impedir qualquer acordo. E virão novas exigências. O Rei Abdullah II, da Jordânia, pede ao Presidente Bush que não venha a Israel por ocasião dos festejos dos 60 anos da independência do novo Estado de Israel. Sabe que de nada adianta esse pedido, mas ganha pontos no mundo árabe.

"Os palestinos continuam sempre com novas
exigências a cada passo que conseguem que Israel
ceda visando a paz. Tudo para impedir qualquer acordo"

O Hamas, que é governo em Gaza, declara concordar com uma trégua de seis meses, com Israel, mas parece que só em Gaza, mas exige que Israel continue suprindo Gaza com combustível, eletricidade e alimentos. E abra todos os pontos de passagem para poderem entrar terroristas em Israel. Estranha separação: querem ser governo independente, mas dependendo de Israel, que Israel pague a conta. Mas, enquanto o Hamas declara querer uma trégua, continuam caindo os foguetes sobre cidades israelenses, sempre atingindo civis. Estranha trégua. E quando Israel pára de fornecer combustível, sempre há algum funcionário da ONU e da União Européia para protestar, mas nunca há protestos desses senhores contra os foguetes e atos de terror contra Israel. O lançamento de foguetes constitui o novo aspecto da guerra assimétrica. Diminuem os suicidas-bomba, aumentam os foguetes. As notícias são de que Israel não aceitou esse tipo de trégua, na verdade apenas uma calma aparente na situação de guerra. Agora se fala, também, de entendimentos com a Síria, buscando a paz, apesar de que se deva dizer que a fronteira com Síria se tem mantido pacífica.

"O mundo ainda não se desvencilhou da tendência genocida
contra os judeus: o nazismo é de direita, de esquerda
e do fundamentalismo. E a democracia é explorada
para servir de trampolim para essas idéias totalitárias"

O primeiro-ministro da Turquia está em Damasco, capital da Síria, para buscar abrir os canais de entendimentos. A Síria quer o Golã. O Golã nunca foi da Síria. A Síria ocupou o Golã na Guerra de 1948; foi território ocupado sírio. Israel retomou o Golã em 1967 – como pode ser território sírio? Não existe uma população síria expulsa do Golã, nem existem refugiados sírios do Golã. Mas Israel exige que a Síria se desligue do Irã e pare de suprir com armas o Hizbollah. Já imaginaram o Irã nas colinas do Golã? No momento, houve a informação americana de que realmente, o ataque de 06 de setembro de 2007 foi a um reator nuclear que a Síria estava finalizando, com tecnologia da Coréia do Norte e ajuda do Irã. E o dirigente da Comissão de Energia Atômica da ONU protesta contra essa destruição, quando sua função seria evitar a proliferação de reatores nucleares para fins militares. Tudo demonstra que o mundo ainda não se desvencilhou da tendência genocida contra os judeus. É triste. Observa-se, atualmente, um retorno dessa tendência, ou melhor, parece que nunca acabou, esteve apenas adormecida e desperta agora: o nazismo é de direita, de esquerda e do fundamentalismo. E a democracia é explorada para servir de trampolim para essas idéias totalitárias.

_____________________________________________

O livro "Freud e a judeidade, vocação do exílio", de Betty Bernardo Fuks, será lançado amanhã (dia 01 de maio), em Nova York, pela Agincourt. É o primeiro livro de uma psicanalista brasileira lançado pela editora americana. Ano passado, a obra foi traduzida para o espanhol para ser comercializada nos mercados do México, Argentina e Espanha.