Israel desloca 6 mil policiais para evitar que manifestantes cruzem a fronteira.
Milhares de palestinos estão formando uma "corrente humana" na manhã desta segunda-feira na Faixa de Gaza em um protesto contra o bloqueio israelense à região.
Desde a madrugada, os canais de rádio e televisão controlados pelo partido Hamas começaram a chamar a população a participar do protesto, pedindo a "maior corrente humana da história".
Israel deslocou 6 mil policiais para a região da fronteira com a Faixa de Gaza para impedir que manifestantes palestinos rompam as barreiras militares e tentem entrar no território israelense.
De acordo com a avaliação de Rami Abdu, porta-voz da Comissão Palestina contra o Bloqueio, 50 mil palestinos deverão participar da corrente humana de cerca 40 quilômetros, do sul ao norte da Faixa de Gaza, para protestar contra o bloqueio israelense.
As escolas da Faixa de Gaza suspenderam as atividades e os alunos saíram para participar da corrente humana.
Porta-vozes do Hamas não descartaram a possibilidade de que o protesto possa levar a multidão a se confrontar com o Exército israelense, junto à fronteira de Erez, no norte da Faixa de Gaza.
No entanto, o Hamas anunciou que o objetivo é realizar um protesto pacífico contra o bloqueio, "para mostrar ao mundo o sofrimento da população da Faixa de Gaza".
Fronteira
As autoridades israelenses se preparam para a possibilidade de que a multidão palestina tente romper o bloqueio e atravessar a fronteira em direção a Israel.
O nível de alerta em todo o país foi elevado, pois, segundo os serviços de inteligência, também existiria o risco de atentados nas grandes cidades israelenses.
O Exército e a polícia receberam instruções de impedir que os palestinos atravessem a fronteira com armas não letais.
Caso haja confrontos, as forças de segurança de Israel deverão usar gás lacrimogêneo, granadas de efeito moral, canhões de água e balas de borracha contra os manifestantes palestinos.
O vice-ministro da Defesa, Matan Vilnai, disse nesta segunda-feira à radio pública de Israel: "Sabemos como agir diante de manifestações de dezenas de milhares de pessoas. Usaremos os mesmos meios que usamos na primeira Intifada e não permiteremos que eles entrem no território israelense".
--
Magal
Visite www.correioregional.com