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Surpreso, Hamas não esperava conquistar Gaza

JERUSALÉM - Um oficial do braço armado do movimento islâmico Hamas disse nestse domingo, 24, que o grupo nunca teve a intenção de conquistar a Faixa de Gaza, e muito menos de fazer isso em uma ofensiva de apenas seis dias.

Ayman Taha, um dos chefes islâmicos no campo de refugiados El-Bureij, afirmou ao jornal Jerusalem Post que o Hamas "não teve nenhuma intenção de vencer ou perder a batalha (contra o Fatah)".

"Só saímos (para a luta armada) por causa de um pequeno grupo que estava por trás de todos os problemas e tensões na Faixa de Gaza, e o que ocorreu também foi uma surpresa para nós", acrescenta.

O miliciano se referiu à rápida vitória da milícia do Hamas na semana passada, na qual conquistaram o controle da Faixa de Gaza em uma ofensiva. "Nós, no Hamas, nos surpreendemos não só por nossa vitória, mas também pela derrota do Fatah. A Autoridade Palestina (alusão aos organismos do Fatah) também se surpreendeu pelo colapso do Fatah (...), assim como o mundo inteiro", acrescentou.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, criou na quinta-feira uma comissão especial para investigar as razões do fracasso dos organismos de segurança da ANP, e afastou um dos comandantes na Faixa de Gaza, Rashid Abu Shabak, para diminuir as críticas.

Abandono

Uma explicação para a derrota dada pelo membro do Hamas foi a de que a maioria dos agentes das forças de segurança alinhadas ao Fatah decidiu abandonar as armas assim que souberam da fuga de seus comandantes de Gaza. "Sabiam que não tinham nenhuma possibilidade de vencer, e que estavam lutando uma batalha por líderes que não estavam mais ali", afirma.

Para Taha, outra razão é que "os organismos de segurança palestinos foram criados desde o princípio com alicerces muito instáveis", e por isso "se colapsaram tão rapidamente".

"O Hamas estava há muito tempo exigindo a reconstrução destas forças com um critério nacional, e não partidário, de modo que (ao explodir a crise) deveriam ter agido em interesse de todos os palestinos, e não só de uma parte (Fatah)", ressalta.

O miliciano reconhece que não se pode falar de uma vitória do Hamas, mas de "uma derrota psicológica do Fatah".

A vitória se traduziu em uma divisão entre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, onde governam de fato dois Executivos: o de união nacional, em Gaza, e o de emergência, na Cisjordânia.

Abbas dissolveu o Governo de unidade imediatamente depois que todas as suas bases em Gaza foram tomadas pelo Hamas, mas o primeiro-ministro destituído Ismail Haniyeh, do Hamas, não reconhece a decisão e insiste em que continua liderando o Executivo que havia antes dos confrontos.

Haniyeh falará neste domingo à nação em discurso televisionado para expor, pela primeira vez em público, sua postura sobre a situação, e deve exigir o retorno de Abbas ao Governo de união nacional.



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Magal
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