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Hamas exige rendição do Fatah; Abbas teme golpe

 

 

Hamas exige rendição do Fatah; Abbas teme golpe
Terça, 12 de junho de 2007, 11h49   Atualizada às 12h02 - EFE

O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) afirmou hoje que tomou todas as posições de segurança no norte e no centro de Gaza e exigiu a rendição do Fatah, o que, para o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) e líder nacionalista, Mahmoud Abbas, tem traços de golpe de Estado.
"Todos as informações (em nosso poder) indicam uma mesma tendência. Os dirigentes políticos e militares do Hamas parecem estar planejando um golpe contra as instituições legítimas", disse Abbas da cidade de Ramala, na Cisjordânia.
"O Hamas parece acreditar que poderá tomar o poder pela força", acrescenta o comunicado presidencial emitido após os choques entre as facções que deixaram 21 mortos e mais de 50 feridos nas últimas 36 horas.
Esta manhã, uma granada antitanque foi disparada contra a casa do primeiro-ministro e líder do Hamas, Ismail Haniyeh, horas depois que milicianos islâmicos mataram o destacado dirigente do Fatah e chefe local das Brigadas dos Mártires de al-Aqsa, Jamal Abu al-Yidian, o primeiro funcionário de alto nível a morrer neste conflito interno.
Abbas denunciou que o Hamas está tentando tomar o controle na Faixa de Gaza pela força, enquanto paralelamente negocia uma trégua com os nacionalistas.
As negociações seguem adiante com mediação egípcia, mas só na teoria, pois os participantes, devido aos tiroteios, não podem sair de suas casas para se reunir.
Emissoras de rádio do Hamas informaram que seus milicianos, organizados como um Exército e, segundo fontes militares israelenses, treinados por instrutores iranianos, tomaram o controle das instalações dos órgãos de segurança da ANP no norte e no centro da Faixa de Gaza e na cidade de Khan Yunes.
Trata-se de um edifício dos órgãos de segurança a serviço da ANP situado ao leste do campo de refugiados de Jebalia, com mais de 100 mil habitantes, onde 500 agentes prestam serviço, informaram fontes do Fatah.
Os milicianos atacaram o quartel com morteiros e lança-granadas.
Um dos oficiais de Fatah destacado no quartel, Haled Awad, disse que os homens do Hamas estavam "atirando de todos os lados".
As lutas se estenderam inclusive aos hospitais, e três deles foram cenário da violência entre os grupos rivais nas últimas 24 horas.
Ocorreu um tiroteio hoje em um hospital de Khan Yunes, depois que milicianos de guerrilhas vinculadas ao Hamas tomaram o telhado do edifício e membros do Fatah se posicionaram nos arredores do centro.
Na segunda-feira aconteceram incidentes parecidos no hospital de Shifa - o maior da região -, na Cidade de Gaza, e no centro médico de Beit Hanoun.
Segundo médicos do Khan Yunes, os milicianos do Hamas entraram no hospital e impediram os médicos de atender os feridos do Fatah.
Os incidentes nos hospitais ocorrem devido à presença de parentes de mortos e feridos dos dois grupos - muitas vezes armados - nos centros médicos.
Os atuais choques em Gaza, os piores até agora entre as duas facções, ocorreram perto de mesquitas, hospitais e nas ruas. Nesta terça-feira o risco para os jovens é ainda maior, já que é dia de exames finais em muitas escolas.
Os tiroteios e disparos de foguetes na Cidade de Gaza ocorrem ininterruptamente desde segunda-feira.
Com a perigosa situação nas ruas, o general egípcio Burhan Hammad, que media as negociações entre as facções, convocou as partes para uma nova reunião que tentará obter um cessar-fogo e afirmou que, se nada for resolvido, apelará para a população civil.
"Caso (Hamas e Fatah) não cheguem a um cessar-fogo imediato, posso apelar à população para sair às ruas, e vou liderar uma manifestação contra as facções", disse hoje o negociador.
A violência ameaça se expandir para a Cisjordânia, onde o Fatah tem seu bastião e realizou uma série de seqüestros de dirigentes do Hamas.

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