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Encontro na Holanda discute abertura de arquivo do nazismo

 
 
AMSTERDÃ - Com a aproximação da derrota na 2ª Guerra Mundial, alemães queimaram milhões de registros, numa tentativa de acobertar o maior genocídio da história. Mas a fração que sobreviveu compõe o maior arquivo do nazismo existente, e nesta semana os esforços para retirar o véu de segredo que cobre esse tesouro histórico há 52 anos darão um passo adiante.

A comissão de 11 países que controla o Serviço Internacional de Rastreamento, um braço do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, reúne-se hoje e amanhã, em Amsterdã, para decidir quando e como disponibilizar cópias eletrônicas do material. Até o momento, o arquivo que, se estima, contém de 30 milhões a 50 milhões de páginas, em Bad Arolsen, na Alemanha, vem sendo usado para reunir famílias e checar reivindicações de indenização.

Os arquivos foram fechados em 1955, porque temia-se que a divulgação irrestrita ferisse a privacidade de vítimas do Holocausto. Mas sobreviventes vêm exigindo acesso direto, insatisfeitos coma as respostas protocolares. Há um ano, a comissão decidiu abrir o arquivo para pesquisa.

Conforme a geração dos sobreviventes desaparece, a decisão de tratar digitalmente os documentos e disponibilizá-los transformará os arquivos, de um recurso humanitário, em recurso histórico.

Mas a abertura plena poderá demorar. Todos os 11 governos têm de ratificar a decisão. EUA, Israel, Polônia, Reino Unido, Holanda, Alemanha e Bélgica já completaram o processo. Luxemburgo, Grécia, Itália e França, ainda não. A coleção de documentos tem 25 km de comprimento, ocupando seis edifícios.

Os nazistas destruíram 90% dos arquivos, disse Dieter Pohl, do Instituto de História Contemporânea de Munique. O escritório de Adolf Eichmann, que orquestrava o transporte de milhões de judeus para as câmaras de gás, começou a queimar seus registros em fevereiro de 1945, três meses antes da rendição alemã.

Entre os documentos que sobreviveram há milhões de páginas de registros de óbito, registros de campos de concentração, listas de transporte e memorandos internos nazistas, como a ordem de Heinrich Himmler para o esvaziamento dos campos, antes que fossem capturados pelos aliados. "Nenhum prisioneiro deve cair, vivo, nas mãos do inimigo", diz o comunicado.



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Magal
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