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Maldição cabalistica


Ortodoxos anunciam maldição cabalística contra parada gay

Organização do evento programado para sexta-feira gera preocupação na polícia de Jerusalém; maldição também pode cair sob os policiais que agredirem judeus
EFE


Judeus ultra-ortodoxos bloqueiam uma rua de Jerusalém durante protestos contra a parada gay programada para sexta-feira
JERUSALÉM - Uma corte suprema rabínica de uma comunidade ultra-ortodoxa judaica pode lançar uma maldição cabalística contra as vidas dos organizadores da "Parada Mundial do Orgulho Gay", prevista para acontecer na próxima sexta-feira em Jerusalém.
A maldição também pode ser lançada contra "os policiais que baterem em judeus ultra-ortodoxos" que se manifestarem contra a marcha. A parada provoca mal-estar entre os praticantes mais radicais do judaísmo, assim como entre representantes do cristianismo e do islamismo na Terra Santa.

"A corte rabínica realizou uma sessão especial e analisou o lançamento de uma ´Pulsa Denura´ (maldição cabalística) contra aqueles que participarem da organização da parada", disse o rabino Shmuel Pappenheim, diretor do semanário Ha´eidah, da comunidade ortodoxa "Eida Haredit".

Em declarações à rádio do Exército israelense, o rabino disse que a maldição de morte também poderá ser feita "contra os policiais que baterem em judeus ultra-ortodoxos".
A "Pulsa Denura" é um ato místico procedente da Cabala, compêndio do misticismo judaico, para atrair as forças do mal sobre um inimigo. A maldição é realizada durante uma cerimônia e acredita-se que provoque em um ano a morte da pessoa à que é dirigida.
Uma maldição religiosa deste tipo foi lançada em 1995 contra o então primeiro-ministro, o trabalhista Yitzhak Rabin, assassinado pelo extremista de direita Yigal Amir após um comício pela paz em Tel Aviv.

Além disso, vários radicais judeus participaram de uma "Pulsa Denura" contra o ex-primeiro-ministro Ariel Sharon por ter fechado os 21 assentamentos judaicos da Faixa de Gaza e quatro do norte da Cisjordânia.

A deputada Zahava Gal-On, do partido pacifista Meretz, classificou as declarações do rabino Pappenheim de "incitação à morte", e pediu à Polícia e à Procuradoria Geral que investiguem os responsáveis.

"Recomendo encarar este assunto com a maior seriedade e considerá-lo uma ofensa criminal, e não como o exercício do direito à liberdade de expressão", afirmou a deputada.

Em uma tentativa de impedir que haja distúrbios, a Polícia israelense recomendou que o percurso da parada gay passe longe dos bairros ultra-ortodoxos da cidade.

Durante os últimos dias, repetiram-se em Jerusalém as manifestações de membros da comunidade judaica ortodoxa. Em alguns casos, chegaram a confrontos com a Polícia.

Desde 1999, Jerusalém recebeu cinco paradas gay. Em um das marchas, um ortodoxo judeu feriu com uma arma branca três participantes, o que fez a polícia achar que não tem condições de garantir a segurança dos participantes da próxima parada.

O evento da sexta-feira será a primeira "Parada Mundial do Orgulho Gay" realizada em Jerusalém, similar à organizada no ano 2000 em Roma, quando os protestos partiram do Vaticano.
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