O primeiro-ministro israelense Ehud Olmert, líder do partido Kadima, perderia para o chefe da oposição, Benyamin Netanyahu, do partido direitista Likud, se as eleições em Israel fossem hoje (12), segundo uma recente pesquisa.
Se os israelenses fossem agora às urnas, o Likud, que só obteve 12 cadeiras nas eleições de março, conquistaria 22. Olmert, que ganhou 29, ficaria com apenas 15, segundo a pesquisa do instituto independente Dachaf, publicada pelo jornal "Yedioth Ahronoth".
Os resultados foram divulgados num cenário de supostas negociações de Olmert com o partido ultranacionalista Israel Beiteinu, do deputado Avigdor Liberman. O líder conservador estaria interessado em aderir à coalizão, recebendo o Ministério de Assuntos Estratégicos, segundo a rádio pública israelense.
O partido de Liberman, ex-militante do Likud e auxiliar de Netanyahu no fim dos anos 90, seria o segundo na próxima legislatura, com 20 das 120 cadeiras do Knesset (Parlamento israelense), conforme a pesquisa.
A adesão do Israel Beiteinu ("Israel é a Nossa Casa"), com 11 cadeiras, daria ao chefe do Governo uma ampla maioria no Parlamento. Atualmente ele conta com apoio, às vezes duvidoso, de 67 legisladores.
O líder trabalhista Amir Peretz, ministro da Defesa, poderia no entanto abandonar o Governo de Olmert se o Israel Beiteinu entrar na coalizão.
Coalizão direitista
Olmert, pelos resultados da pesquisa, poderia formar uma nova coalizão, com 65 cadeiras, unindo-se aos partidos da direita, aos ortodoxos e ao dos aposentados. Assim, os trabalhistas passariam à oposição.
Se o Partido Trabalhista, que realizará eleições internas em maio para escolher a seu futuro líder, continuar no Governo, a coalizão contará com uma maioria de 84 cadeiras.
Segundo a pesquisa, com uma margem de erro de 4,5 pontos percentuais, os trabalhistas, que têm 19 cadeiras, ficariam hoje com 15.
A frente pacifista Meretz, do ex-ministro da Justiça Yossi Beilin, que se nega a fazer parte da coalizão de Olmert e está na oposição, obteria apenas quatro cadeiras, uma a menos que nas últimas eleições. Os partidos que representam a minoria árabe conservariam seus 10 parlamentares. Os partidos da minoria ortodoxa obteriam 20.
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Magal
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