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Neonazistas

CONIB - 27 de outubro de 2006

Delegada sofre ameaças em site de neonazistas

Margarette Barreto, que combate crimes raciais, integra lista de "inimigos" de grupo. Movimento White Power São Paulo reproduz foto de delegada e alerta membros do grupo sobre o trabalho dela e DHPP investiga o caso.

Além de negros, judeus, homossexuais, nordestinos e imigrantes ilegais, um grupo neonazista decidiu incluir na sua lista de "inimigos" uma delegada branca que combate o racismo na cidade de São Paulo. Margarette Barreto, 38, responsável pelo Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), órgão especializado em investigar os crimes raciais na capital, tem sua foto estampada no site do movimento White Power São Paulo, com a palavra "inimiga".

A delegada registrou anteontem boletim de ocorrência e o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) investiga o caso. No site, o rosto da delegada é reproduzido numa fotomontagem que imita a página inicial do Orkut (site de relacionamentos) -veja quadro ao lado. Segundo interpretação dos policiais, neonazistas querem dizer que, embora seja branca, a delegada tem a alma negra -o racismo é crime inafiançável e sujeito à pena de prisão.

A delegada merece uma citação especial no site. A foto dela surge abaixo do título "Os perigos do Orkut para os simpatizantes de nossa causa". Um texto pede aos membros do White Power para terem cuidado com ela. No último parágrafo, responsáveis pelo site afirmam que Margarette Barreto é um "inimigo". O motivo, segundo a página, é que a delegada "caça àqueles (sic) que tem (sic) uma posição contrária ao homossexualismo e à miscigenação".

A Folha tentou entrevistar a delegada ontem, mas a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que Barreto está bastante ocupada no momento. Outra pessoa alvo de ameaças do movimento que prega a segregação racial é o jornalista negro Dojival Vieira dos Santos, 50, presidente da Afropress -Agência Afroétnica de Notícias - www.afropress.com - ligada a ONG ABC Sem Racismo.

Ele também tem sua foto publicada no site neonazista. O grupo o descreve como a pessoa que "abriu um inquérito no Ministério Público contra a nossa organização". O Ministério Público Federal investiga quem invadiu a página da Afropress na internet. "Divulgar nossas fotos no site neonazista representa nos eleger alvos do movimento", afirma o presidente da entidade, que também registrou queixa à polícia sobre o fato.

fonte: Jornal Folha de São Paulo



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Magal
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