Israel toma cidade libanesa a 9km da fronteira | |||||
Tropas israeleneses tomaram nesta quinta-feira a cidade libanesa de Marjayoun, segundo relatos de testemunhas. A cidade, que fica a nove quilômetros da fronteira, foi tomada um dia depois de uma decisão política do gabinete israelense que corrobora as operações militares contra o grupo militante libanês Hezbollah. A ofensiva pode envolver até outros 30 mil soldados e levar os israelenses até o Rio Litani, que fica 30 km ao norte da fronteira entre o Líbano e Israel. Um porta-voz militar disse que as tropas estão agindo de acordo com decisões políticas tomadas anteriormente. A nova fase de operações deve estender em pelo menos um mês o conflito iniciado no mês passado, mas, segundo o vice-premiê de Israel, Eli Yishai, o conflito pode durar mais. "Acredito que esta é uma previsão errada", disse ele. Sob proteção de intensa artilharia aérea, as tropas israelenses avançaram até a cidade de Khiam, no que Israel afirma ser em uma tentativa de liquidar a infra-estrutura de lançamentos de mísseis do Hezbollah. No momento, entre dez mil e 15 mil soldados israelenses estão envolvidos nas batalhas com o Hezbollah no sul do Líbano. Operação arriscada Os ataques de Israel no sul do Líbano começaram no dia 12 de julho, depois que o Hezbollah capturou dois soldados de Israel. Eles ainda não foram encontrados. Israel diz que os ataques visam destruir as bases do Hezbollah que estão sendo usadas como plataformas de lançamento de foguetes contra Israel. Segundo o analista de assuntos de segurança da BBC, Frank Gardner, o envio de 30 mil soldados é arriscado para o país por proporcionar ao Hezbollah mais alvos para emboscadas em seu território, e, mesmo que seja por apenas 30 dias, os políticos israelenses vão ser acusados de ocupação ilegal. A decisão do gabinete israelense foi criticada pelo ministro das Relações Exteriores do Egito, Ahmed Abul Gheit, que disse que "enquanto o mundo pede por um cessar-fogo imediato, a decisão israelense representa um aumento da violência". Hezbollah Em um pronunciamento na TV, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, alertou os árabes residentes da cidade israelense de Haifa, a mais atingida pelos foguetes do grupo, a deixar a cidade. "Por favor, vão, assim não derramaremos o seu sangue, que é o nosso sangue", disse ele. Nasrallah criticou a proposta de resolução da ONU, formulada em resposta à violência na região, dizendo que "o mínimo que podemos dizer é que ela é injusta, dando a Israel mais do que pediu". Ele apoiou a decisão do governo libanês de enviar 15 mil soldados para o sul do país. "Nós concordamos com o envio do Exército para a fronteira, mas não escondemos o nosso receio." "Este envio é melhor do que o envio de tropas internacionais. Não sabemos de quem eles (as tropas) vão receber ordens." |
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Magal
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