
Zarqawi esteve preso na Jordânia entre 93 e 99
A morte de Abu Musab al-Zarqawi, considerado o líder da rede Al Qaeda no Iraque, foi anunciada pelo primeiro-ministro do país, Nuri Al-Maliki, em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira.
"Zarqawi foi morto", declarou o premiê, acrescentando que o militante teria morrido em um ataque aéreo na capital do país, Bagdá.
Maliki fez o anúncio acompanhado da maior autoridade militar dos Estados Unidos no Iraque, o general George Casey.
Nascido na Jordânia, Zarqawi era o homem mais procurado do Iraque por ser considerado o responsável por um grande número de ataques, assassinatos e seqüestros no país.
Importância
Várias das vítimas dos seqüestros foram decapitadas e os vídeos das execuções veiculados na internet e em DVDs pelo Iraque.
Ele teria sido nomeado por Osama Bin Laden em 2004 como o seu representante para o Iraque.
Acredita-se também que Zarqawi estaria por trás de ataques a muçulmanos xiitas – a Al Qaeda é uma rede ligada a um ramo do islamismo sunita – incluindo ataques a mesquitas.
O ataque na sede da ONU que matou o representante especial da entidade no Iraque, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, também é atribuído a ele.
Zarqawi também é responsabilizado por ataques diários a soldados das tropas da coalizão que ocupa o país.
O embaixador americano para o Iraque, Zalmay Khalilzad, disse que o assassinato de Zarqawi representa um "grande sucesso" na chamada "guerra contra o terror".
O diplomata classificou o jordaniano de "o 'Poderoso Chefão' da matança sectária no Iraque" e, "embora sua morte não signifique o fim da violência no país, ela representa um passo importante e um sinal positivo para o Iraque".
O correspondente da BBC em Bagdá, Andrew North, diz que a morte de Zarqawi significaria um momento significativo na luta contra a insurgência sunita, especialmente por acontecer no início do mandato de Maliki.