Israel aprova ajuda oferecida por Quarteto em Madri

A ministra de Relações Exteriores de Israel, Tsipi Livni, aprovou ontem a ajuda que o Quarteto de Madri ofereceu ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e não a seu primeiro-ministro, Ismail Haniyeh, do Movimento Islâmico Hamas.
Em declarações à rádio das Forças Armadas, a chefe da diplomacia israelense disse que a decisão de levar ajuda humanitária à Autoridade Nacional Palestina (ANP), isolando o governo do Hamas, é definitivamente aceitável. Representantes dos Estados Unidos, da União Européia (UE), da Rússia e da ONU, reunidos em Nova York, decidiram criar um mecanismo provisório para transferir fundos para o presidente Abbas, que poderá assim pagar os salários dos 165 mil funcionários da ANP.
Por falta de fundos, o governo do Hamas, não reconhecido pelos membros do Quarteto, não pagou os salários correspondentes a março e abril. Ao contrário de Livni, a oposição de direita criticou a decisão do Quarteto, que, na sua opinião, vai enfraquecer as pressões econômicas sobre o governo do Hamas.
Presos
Vinte ativistas do movimento palestino Hamas foram presos na Jordânia por seu envolvimento em um contrabando de armas, declarou ontem o porta-voz do governo jordaniano, Nasser Jouda. O porta-voz explicou que estas pessoas foram detidas há três semanas e são acusadas de tentar desestabilizar o país.
Jouda acrescentou que os ativistas do Hamas tentavam recrutar voluntários nos territórios palestinos para receber treinamento militar na Síria e no Irã. O responsável jordaniano comentou que parte do armamento introduzido ilegalmente no país é de fabricação iraniana.
Cessar-fogo
Os líderes do governista Hamas e do Fatah selaram ontem um cessar-fogo para acabar com os confrontos entre seus militantes, os quais já mataram três pessoas e feriram 25. O primeiro-ministro palestino, Ismail Haniya, líder do Hamas, e Samir al-Masharawi, dirigente do Fatah, anunciaram o acordo em uma entrevista coletiva conjunta em Gaza.
Antes, Haniya tinha chamado ao seu escritório em Gaza líderes dos dois grupos para negociar o fim da onda de violência que surgiu há dois dias no sul da Faixa de Gaza e na Cidade de Gaza. "Concordamos formar uma comissão conjunta de coordenação que continuará mantendo encontros nos próximos dias para assegurar o respeito ao acordo", declarou Al-Masharawi.