
O primeiro-ministro israelense interino, Ehud Olmert, foi designado hoje presidente interino do partido Kadima, fundado em novembro pelo chefe do Governo, Ariel Sharon, inconsciente há duas semanas por causa de um derrame cerebral.
Participaram da eleição os legisladores que deixaram o Likud junto a Sharon, e três ex-membros do Partido Trabalhista que renunciaram a suas cadeiras parlamentares para unir-se ao Kadima (Adiante) - entre eles Shimon Peres, após 46 anos.
Uma das conseqüências da eleição formal de Olmert é que o novo partido de centro poderá adotar decisões de procedimento em assuntos financeiros, entre outras questões.
A reunião de hoje foi a primeira do Kadima desde que Sharon foi internado há duas semanas no Hospital Universitário Hadassa.
Apesar da doença do chefe de Governo, cujo estado é grave, mas estável, segundo as autoridades hospitalares, o partido fundado pelo premier continua sendo o favorito nas pesquisas de intenção de voto para as eleições de 28 de março.
Se o pleito parlamentar fosse realizado hoje, o Kadima, presidido por Olmert, obteria 42 das 120 cadeiras da Câmara Legislativa (Knesset), frente às 17 de seus principais rivais, os trabalhistas, presididos pelo ex-sindicalista Amir Peretz.
O terceiro colocado na disputa seria o direitista Likud, que agora é presidido pelo ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e que obteria 14 cadeiras.
Olmert, que seguirá à frente do Governo de transição até as eleições de março, também está disposto a distribuir várias pastas ministeriais, devido à demissão, na semana anterior, de quatro ministros do Likud por ordem expressa de Netanyahu.
Além de dirigir o Executivo, Olmert, segundo seus assessores, ao reorganizar o Gabinete Nacional, vai ficar com a pasta de Finanças, para a qual tinha sido designado por Sharon, e a de Indústria e Comércio.
A ministra da Justiça, Tsipi Livni, que também estava à frente do Ministério de Imigração, assumirá a pasta das Relações Exteriores em lugar de Silvan Shalom, que passou à oposição.
O ministro de Transporte, Meir Shitrit, substituirá a ministra de Educação, Cultura e Esportes, Limor Livnat, e o titular de Turismo, Abraham Hirshson, ocupará o Ministério de Comunicações, enquanto o de Segurança Interior, Gideon Ezra, desempenhará também a pasta do Meio Ambiente.
Além disso, Olmert deve designar três ex-deputados do Likud que agora militam pelo Kadima para encarregar-se de três ministérios vazios: Roni bar-On ficará com Habitação e Contrução; Zeev Boim, com Infra-estruturas Nacionais; e Iaacov Edri, com Saúde.
Participaram da eleição os legisladores que deixaram o Likud junto a Sharon, e três ex-membros do Partido Trabalhista que renunciaram a suas cadeiras parlamentares para unir-se ao Kadima (Adiante) - entre eles Shimon Peres, após 46 anos.
Uma das conseqüências da eleição formal de Olmert é que o novo partido de centro poderá adotar decisões de procedimento em assuntos financeiros, entre outras questões.
A reunião de hoje foi a primeira do Kadima desde que Sharon foi internado há duas semanas no Hospital Universitário Hadassa.
Apesar da doença do chefe de Governo, cujo estado é grave, mas estável, segundo as autoridades hospitalares, o partido fundado pelo premier continua sendo o favorito nas pesquisas de intenção de voto para as eleições de 28 de março.
Se o pleito parlamentar fosse realizado hoje, o Kadima, presidido por Olmert, obteria 42 das 120 cadeiras da Câmara Legislativa (Knesset), frente às 17 de seus principais rivais, os trabalhistas, presididos pelo ex-sindicalista Amir Peretz.
O terceiro colocado na disputa seria o direitista Likud, que agora é presidido pelo ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e que obteria 14 cadeiras.
Olmert, que seguirá à frente do Governo de transição até as eleições de março, também está disposto a distribuir várias pastas ministeriais, devido à demissão, na semana anterior, de quatro ministros do Likud por ordem expressa de Netanyahu.
Além de dirigir o Executivo, Olmert, segundo seus assessores, ao reorganizar o Gabinete Nacional, vai ficar com a pasta de Finanças, para a qual tinha sido designado por Sharon, e a de Indústria e Comércio.
A ministra da Justiça, Tsipi Livni, que também estava à frente do Ministério de Imigração, assumirá a pasta das Relações Exteriores em lugar de Silvan Shalom, que passou à oposição.
O ministro de Transporte, Meir Shitrit, substituirá a ministra de Educação, Cultura e Esportes, Limor Livnat, e o titular de Turismo, Abraham Hirshson, ocupará o Ministério de Comunicações, enquanto o de Segurança Interior, Gideon Ezra, desempenhará também a pasta do Meio Ambiente.
Além disso, Olmert deve designar três ex-deputados do Likud que agora militam pelo Kadima para encarregar-se de três ministérios vazios: Roni bar-On ficará com Habitação e Contrução; Zeev Boim, com Infra-estruturas Nacionais; e Iaacov Edri, com Saúde.
Parentes de Sharon afirmam que ele abriu os olhos
Parentes de Ariel Sharon, internado no hospital Hadassah de Jerusalém desde 4 de janeiro, disseram que o primeiro-ministro israelense movimentou as pálpebras e, inclusive, chegou a abrir os olhos.
No entanto, os médicos se mantêm cautelosos e por enquanto não fizeram comentários sobre o significado deste ato.
Em comunicado para a imprensa, a porta-voz do centro médico, Yael Bossem-Levy, afirmou que não havia mudanças no estado de Sharon e que os parentes que o acompanham tiveram "a impressão de que movimentou os olhos".
A porta-voz destacou que é precipitado comentar o significado médico deste fato, que ainda não foi esclarecido.
Segundo algumas fontes citadas por meios de comunicação locais, os parentes de Sharon afirmaram que o primeiro-ministro abriu os olhos quando falavam com ele. Há, inclusive, algumas versões que apontam que o premier deixou cair uma lágrima.
Fontes do Hadassah asseguram que caso tal acontecimento tivesse ocorrido já teriam informado à imprensa e se fosse repetido várias vezes seria um sinal de que Sharon retorna à consciência, após ter estado em uma situação de coma induzido desde que foi hospitalizado, após sofrer um derrame cerebral.
O primeiro-ministro foi submetido ontem à noite a uma traqueostomia, sob efeito de anestesia geral, a fim de evitar infecções no sistema respiratório.
Sharon programou planos de retirada na Cisjordânia
O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, havia concebido vários planos de retirada israelense da Cisjordânia e a saída de algumas colônias judaicas da região, revela a edição desta segunda-feira do jornal Haaretz.
Segundo um artigo assinado pelo repórter Ari Shavir, que será publicado na edição desta segunda-feira da revista The New Yorker, Sharon, que está em coma profundo depois de um grave derrame cerebral, pediu ao Conselho Nacional de Segurança que estudasse quatro planos alternativos para tentar solucionar o conflito com os palestinos.
Os planos eram os seguintes: - Retirada das colônias isoladas na Cisjordânia; - Retirada de todo um setor desta região, eventualmente perto de Nablus, no norte; - Retirada de Israel de 88% da Cisjordânia; - Retirada de 92% da Cisjordânia.
Segundo colaboradores de Sharon que pediram anonimato, o primeiro-ministro queria concluir com os palestinos um acordo interino que incluísse a evacuação de 20 assentamentos.
Sharon também pretendia ordenar uma retirada para logo depois da "linha de segurança" ("o muro" para os palestinos), que Israel deseja construir na Cisjordânia para impedir a entrada de suicidas palestinos em seu território.
Em troca da retirada, Sharon esperava obter o reconhecimento por parte de Washington da "linha de segurança" como fronteira definitiva de Israel, acrescentou o Haaretz.
Os projetos também previam que o vale do Jordão fosse decretado zona desmilitarizada, não obrigatoriamente sob o controle de Israel.
Por outro lado, Sharon exigia que o futuro Estado palestino fosse desmilitarizado e não pudesse controlar os recursos de água de Israel.
Finalmente, o primeiro-ministro também queria que Israel controlasse toda a cidade de Jerusalém e uma continuidade territorial que chegaria a Hebron, no sul da Cisjordânia.