Yuval Vagdani, soldado das FDI procurado no Brasil por cometer crimes de guerra em Gaza, desembarca em Israel: "Não voltarei para lá, espero que todos vocês aprendam com meus erros."
Yuval Vagdani, ex-soldado das FDI, que é procurado no Brasil após denúncias de uma organização pró-Palestina que alegou que ele cometeu "crimes de guerra" em Gaza, pousou no Aeroporto Ben Gurion na manhã de quarta-feira.
Após pousar, Vagdani disse ao Channel 12 News : "Não repetirei o erro que cometi. Não voltarei ao Brasil. Espero que outros aprendam com meus erros."
A Hind Rajab Foundation (HRF), sediada em Bruxelas, apresentou uma queixa contra o ex-soldado em um tribunal brasileiro, após um mandado de prisão ter sido emitido em seu caso, e Vagdani conseguiu escapar para a Argentina. De lá, com a ajuda do Ministério das Relações Exteriores e do Conselho Kadima, ele foi transferido para Miami. Esta manhã, ele retornou a Israel e se encontrou com sua família.
A HRF, ao perceber que o soldado havia fugido para a Argentina, entrou com uma ação judicial contra ele também lá, mas a ação foi realizada depois que ele já havia partido para Miami.
De acordo com a investigação de crimes de guerra, que abrangeu mais de 500 páginas, Vagdani é suspeito de "envolvimento na destruição de um prédio residencial na Faixa de Gaza, usando explosivos fora de uma situação de combate" em novembro.
A organização alegou que a demolição foi realizada "não em combate", em estruturas que serviam de abrigo para palestinos deslocados de suas casas.
Vagdani, um soldado de 21 anos que serviu no Batalhão Tzabar de Givati e sobreviveu ao massacre na festa Nova em Re'im, recebeu a notificação do mandado de prisão do Consulado Israelense e, em poucas horas, conseguiu cruzar a fronteira com seus amigos que estavam viajando com ele.
