A Assembleia Geral da ONU vota hoje uma resolução apresentada pelos EUA para condenar o grupo terrorista palestino Hamas, no que poderia marcar a despedida da embaixadora norte-americano Nikki Haley de suas funções nas Nações Unidas.
Se adotada a resolução, será a primeira vez que a assembleia de 193 países condena o Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007.
Haley, que renunciará ao cargo de embaixadora da Organização das Nações Unidas (ONU) no final do ano, acusou várias vezes as Nações Unidas de adotar viés anti-Israel. Os Estados Unidos já receberam apoio da União Européia, com todos os 28 países dispostos a apoiar a medida norte-americana, que condena o Hamas por disparar foguetes e balões incendiários contra Israel e exige o fim da violência.
Na terça-feira, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, previu que a resolução será aprovada pela Assembleia Geral. Danon disse aos repórteres que acredita que "vamos conseguir a maioria, não importa como". Diplomatas, no entanto, alertam que a sessão pode se estender devido a questões processuais, especialmente se for exigida a maioria de dois terços para a aprovação da resolução - como os estados árabes querem - ou uma maioria simples.
Há também divergências diplomáticas depois que os palestinos apresentaram uma emenda ao texto dos EUA para incluir uma referência às resoluções da ONU que condenam os assentamentos israelenses, e exigências de negociações sobre Jerusalém Oriental e apoio para a solução de dois Estados.
