Israel reconheceu os líderes religiosos etíopes referidos como “kesim”, terminando uma controvérsia de 30 anos sobre seu status oficial. Há séculos, eles eram uma comunidade etíope-judaica conhecida como “Beta Israel”.
Desde a aliá da Etiópia na década de 1980, no entanto, os kesim não conseguiram desempenhar funções religiosas oficiais, pois seu status governamental foi deixado no limbo. Agora, seus líderes poderão exercer autoridade religiosa formal e suas práticas e sentenças halájicas serão aceitas como legítimas pelo estabelecimento religioso de Israel.
A membro do Knesset, Pnina Tamano-Shata, que é descendente etíope, afirmou: “Três décadas atrasadas, a justiça foi feita para aqueles que eram os guardiões dos judeus etíopes na diáspora contra todos os desafios e tribulações.
O kesim deu a força espiritual e liderança para a comunidade durante a difícil aliá através do Sudão para a Terra de Israel. Eles foram e permaneceram uma magnífica liderança religiosa ao longo das gerações mas, para minha tristeza, até hoje seu lugar respeitado estava sendo minado aqui em Israel. É melhor tarde do que nunca admitir um erro e corrigir a injustiça”.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, destacou: “Este acordo deveria ter sido feito há muito tempo, e estou feliz por haver uma oportunidade de fazê-lo agora. Israel é um mosaico de muitas comunidades. E esta comunidade tem uma posição especial porque manteve sua herança judaica, apesar da separação completa do resto do mundo judeu. A posição que tomamos hoje é histórica”.
Já o ministro dos Assuntos Religiosos, David Azoulay, reforçou : “Esta é uma decisão histórica que faz justiça à comunidade etíope e leva ao fim 30 anos de luta. Estou feliz que o Ministério dos Assuntos Religiosos, sob minha liderança, tenha sido pioneiro”.
Fonte: Benjamin Kerstein/Nelson Menda.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não do Blog. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.Não publicamos comentários anônimos. Coloque teu URL que divulgamos