Esta semana, o Knesset (Parlamento israelense) introduziu um novo feriado no calendário israelense: o dia do livro árabe. O primeiro dia do livro árabe foi comemorado em uma cerimônia especial no Parlamento israelense nesta quarta-feira, 10/6.
A iniciativa é do parlamentar árabe israelense Issawi Frej (do partido Meretz), que iniciou uma série de projetos para reforçar o cenário literário árabe-israelense, incluindo o estabelecimento de um prêmio de literatura árabe que vai premiar realizações proeminentes em poesia e prosa.
Um ponto central da cerimônia foi a apresentação pelo parlamentar de um projeto de lei para o estabelecimento de uma base de dados digital de literatura árabe-israelense, a ser financiado pelos ministérios da Cultura e Educação. "Por que um banco de dados digital?" Frej perguntou ao público. "Porque, caso você não tenha notado, nós entramos no segundo milênio há 15 anos. E para a sociedade árabe-israelense textos digitais são mais acessíveis do que bibliotecas, que não se encontram sempre disponíveis em distância razoável a seus usuários."
O objetivo final do evento foi ressaltar a literatura como unificadora no que se refere à distância entre árabes e judeus em Israel. "Livros devem construir pontes entre culturas – não muros. Em Israel, os muros estão se tornando a cada dia mais altos. Devemos desmantelá-los, tijolo por tijolo, livro por livro", disse Frej.
Uma maneira de alcançar esse objetivo, de acordo com Frej, é o incentivo à tradução da literatura hebraica no mundo árabe e da literatura árabe em Israel e entre os falantes de hebraico em todo o mundo. "Vamos trabalhar para permitir que cada criança árabe tenha os mesmos livros que seus irmãos judeus", disse Frej. "Desta forma, pontes serão construídas sobre as lacunas entre as culturas, opiniões e crenças. Por livros que constroem pontes".
Fonte: Tazpit Brasil / Texto: Ben Niran / Tradução: Bruno Scala / Foto: JTA
.jpg)
